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Amazonas

Empresas de navegação que transportam carga em contêiner para Manaus anunciam aumento na “taxa de seca”

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Serafim Corrêa, considera que as operadoras de navegação estão se aproveitando de um momento que nem aconteceu para ganhar dinheiro.

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A empresa transportadora MSC anunciou em US$ 5 mil o valor do ‘low water surcharge’, a “taxa da seca”, para os períodos de estiagem dos rios na Amazônia incluindo o Rio Negro, principal acesso ao porto de Manaus, para embarques a partir do dia 1º de Agosto. A taxa ocorre quase sempre no segundo semestre, período de baixa profundidade dos rios e quando os navios precisam navegar mais leves, carregando menos cargas e fazer transbordo para balsas para atuar em trechos críticos.

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A Aliança Navegação e Logística anunciou taxa de R$ 15 mil por contêiner, que será cobrado a partir de 1º de setembro. A Maersk anunciou que cobrará US$ 5,9 mil, a partir de 1º de agosto.
A MSC alegou que a cobrança é excepcional e temporária, pelas condições extraordinárias de navegação, que será revisada e avaliada com base na gravidade da seca e nas mudanças nas condições de calado do Rio Amazonas.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Serafim Corrêa, considera que as operadoras de navegação estão se aproveitando de um momento que nem aconteceu para ganhar dinheiro. “Isso nós temos que repudiar”, na reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), na última quarta-feira (4).

“Só para que se tenha ideia do absurdo, no ano passado, quando estiagem estava muito forte- isso foi em 1º de outubro – a taxa que eles cobraram foi de US$ 2,1 mil. Agora passou para, respectivamente, US$ 5 mil e US$ 5,9 mil”, afirmou Serafim.

Ainda de acordo com o secretário, antes da criação da taxa de “pouca água”, os fretes aumentaram de US$ 3,5 mil passaram para US$ 11,5 mil. Com a nova taxa, os custos corresponderão a 40% do valor da mercadoria por contêiner.

“Agora, com mais US$ 5 mil, o frete por contêiner fica US$ 16,5 mil. Um contêiner, em média, o custo da mercadoria é US$ 45 mil. US$ 16 mil de frete isso equivale a algo em torno de 40%. Isso é um absurdo. Isso derruba todos os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus porque nessa situação não é possível”, disse Serafim.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva disse que a tarifa está “importunando os produtores”.


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