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Economia

Apesar de avanços, mulheres ainda são minoria no serviço público, mostra levantamento

Administração Pública Federal ainda é majoritariamente composta por homens, com predominância de 58,4% em janeiro de 2024, em comparação com os 41,6% de participação feminina.

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O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou uma análise abrangente sobre a presença e participação das mulheres na Administração Pública Federal. Os dados mostram tanto avanços quanto desafios persistentes. De acordo com os números compilados pelo Observatório de Pessoal do MGI, a Administração Pública Federal ainda é majoritariamente composta por homens, com uma predominância de 58,4% em janeiro de 2024, em comparação com os 41,6% de participação feminina.

No entanto, uma análise mais detalhada dos padrões de ingresso mostra uma mudança significativa, com as mulheres ocupando, em média, 53,6% das novas vagas entre 2018 e 2023, indicando uma tendência crescente de participação feminina.

Esse aumento na participação feminina é impulsionado principalmente pelo ingresso de mulheres em outros processos seletivos, como contratos temporários e programas de trabalho, como Mais Médicos e Residência Médica.

Em praticamente todo o período analisado, a presença feminina superou a masculina, atingindo seu ponto mais alto em 2020, quando as mulheres representaram 61,3% do total de força de trabalho.

Além disso, houve uma evolução considerável na escolaridade das mulheres na Administração Pública Federal nos últimos dez anos, com um aumento significativo na proporção de mulheres com pós-graduação, passando de 30,2% em 2014 para 54,2% em 2022.

Apesar desses avanços, persistem desafios, especialmente em relação à representação feminina em cargos de liderança, que ainda são predominantemente ocupados por homens.

Essa disparidade de gênero se reflete também nas diferenças salariais, com as mulheres recebendo, em média, 86,1% da remuneração dos homens na Administração Pública Federal.

Um exemplo da crescente presença feminina no serviço público foi evidenciado nos números do Concurso Nacional Unificado, no qual as mulheres representaram 56,2% do total de inscrições confirmadas.

“O governo atual, sob a liderança dos Ministérios das Mulheres e da Gestão e Inovação, tem trabalhado na reconstrução das políticas públicas de promoção da igualdade de gênero, com especial atenção às iniciativas direcionadas às servidoras da Administração Pública Federal”, destacou o MGI, em nota.


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