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Economia

Região Norte teve o maior aumento de preços na cesta de 35 produtos de supermercados pesquisados pela Abras, em janeiro

Puxada pelo aumento no preço da batata (+58,30%), o valor da cesta da Abras na Região passou R$ 792,74, em dezembro, para R$ 817,24, em janeiro.

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A Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo monitorados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), teve alta média nacional nos preços de 1,40% em janeiro, frente ao mês imediatamente anterior, com avanço dos preços de R$ 722,57 para R$ 732,39 no período. Na análise regional, todas as cinco regiões registraram alta.

regiao-norte-teve-o-maior-aumeA maior variação foi registrada na região Norte (+3,09%) puxada por batata (+58,30%), passando de R$ 792,74 para R$ 817,24; seguida por Centro-Oeste (1,95%) que passou de R$ 680,64 para R$ 693,89; Nordeste (+1,37%) passando de R$ 649,80 para R$ 658,71; Sudeste (+1,37%) saindo de R$ 732,67 para R$ 742,63 e Sul (1,24%) passando de R$ 808,92 para R$ 818,93.

A cesta contém produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza). Na lista de itens básicos as principais altas vieram do feijão (+9,70%), do arroz (+6,39%), do óleo de soja (+2,84%), da farinha de mandioca (+2,27%), açúcar refinado (+0,85%), do café torrado e moído (+0,80%), do leite longa vida (+0,71%).

Dos produtos da lista de hortifruti, que vem sendo impactada por redução na oferta devido a problemas climáticos, as principais altas foram batata (+29,45%) e tomate (+2,96%). Já a queda foi puxada por cebola (-5,57%).

Na lista de proteína animal os recuos vieram da carne bovina – cortes do dianteiro (-2,02%), do ovo (-1,81%). O preço do pernil registrou estabilidade no mês. No acumulado de 12 meses o corte suíno registra queda de -2,74%.

Dentre os lácteos as principais quedas foram leite em pó integral (-0,48%), margarina cremosa (-0,94%). As altas foram registradas nos queijos muçarela e prato (+0,95%).

Na categoria de higiene e beleza o recuou foi registrado em papel higiênico (-0,97%). As demais variações foram: creme dental (+0,46%), xampu (+0,42%), sabonete (+0,24%).

Na lista de limpeza houve retração em água sanitária (-0,90%) e sabão em pó (-0,59%). As altas foram registradas em detergente líquido para louças (+0,48%) e desinfetante (+0,22%).

Consumo

Consumo nos Lares Brasileiros teve alta de 1,21% em janeiro de 2024, frente ao mesmo período de 2023. A variação mensal, em relação a dezembro, foi de 22,01%, natural pela força sazonal do mês das festas de fim de ano. Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 29.

A Abras mantém projeção de crescimento de 2,50% do setor para o ano de 2024. O cenário macro de janeiro teve R$ 14,48 bilhões em pagamentos do Bolsa Família. “É cerca de R$ 1 bilhão a mais do que no ano anterior”, aponta o vice-presidente da associação, Marcio Milan.
Além disso, houve reajuste de 6,97% para o salário mínimo. Ainda, a inflação medida pelo IPCA foi maior para alimentos do que o indicador cheio pelo quarto mês consecutivo.

Segundo Milan, o crescimento de janeiro teve contribuição também do aumento da empregabilidade, o que manteve o consumo aquecido. “O setor também deu continuidade aos planos de crescimento, com a inauguração de 34 novas lojas, sendo 21 supermercados e 13 atacarejos”, disse.

O resultado do mês passado ficou dentro do observado em janeiro de outros anos. O consumo no período é historicamente comprometido por maiores despesas das famílias no início do ano. Em 2023, o crescimento do consumo nos lares foi de 3,09%, diante de uma projeção da Abras que estimava alta de 2,5%.


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