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Amazonas

Morre saxofonista Teixeira de Manaus, autor da música ‘Deixa o meu sax entrar’

Artista amazonense é uma das principais referências do movimento musical conhecido como o “beiradão”.

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Rudeimar Soares Teixeira, o Teixeira de Manaus, morreu hoje, dia 18 de janeiro de 2024, aos 79 anos, em Manaus. Ele estava desde 2023 na UTI do hospital Santa Júlia, onde faleceu nesta madrugada, por volta de 3h, vítima de câncer na hipófise.

O artista ficou conhecido como o percursor do movimento musical conhecido como o “beiradão”, que faz uma fusão de diversos ritmos, entre eles o carimbó, merengue, lambada, cumbia, forró, salsa. Uma das mais famosas músicas do artista é “Deixa o meu sax entrar”, eleita como a Música que é a Cara de Manaus, segundo enquete popular realizada pela Rede Amazônica de Televisão/Globo, em 2019.

Em dezembro do ano passado, amigos e parentes do artista chegaram a fazer uma campanha para arrecadar fundos e ajudar no tratamento de Teixeira.

“Teixeira de Manaus”

“Teixeira de Manaus”, nasceu em 8 de dezembro de 1944, em uma comunidade ribeirinha chamada Costa do Catalão, pertencente ao município de Manaus na época, atual município de Iranduba.

O artista foi um dos maiores vendedores de LPs no Brasil durante a década de 1980. A fama lhe rendeu apresentações e shows em todo o país, tendo seus discos produzidos por gravadoras do Rio de Janeiro e São Paulo.

Rudeimar se destacou pela linguagem autêntica no saxofone. É precursor do movimento musical “beiradão”. Em 1981, foi consagrado como um dos ícones da lambada amazonense após o álbum “Lambada para dançar” ter vendido mais de 100 mil cópias. Uma das obras musicais de referência, “Deixa o Meu Sax Entrar”, garantiu ao saxofonista o Disco de Ouro em 1983.

O músico foi homenageado na 7ª edição do Festival Amazonas Jazz, em 2012, no Teatro Amazonas, em Manaus.

Teixeira de Manaus nasceu em 8 de dezembro de 1944, na costa do Catalão, comunidade localizada na confluência dos rios Solimões e Negro, região pertencente ao município de Iranduba (AM).

Desde os 18 anos, inspirado no pai, dedicou sua vida à música, tendo alcançado seu auge como saxofonista nas décadas de 80 e 90, com gravação de discos instrumentais como solista e diversos shows pelo país. Foi descoberto pelo paraense Pinduca, na capital amazonense, em 1979, e em 1981, lançou seu primeiro disco, o Solista de Sax,  tornando-se um sucesso absoluto na região.

Considerado um dos precursores do movimento artístico chamado Beiradão, utilizando o sax alto com diversos ritmos musicais, destacou-se por sucessos como Deixa Meu Sax Entrar, Lambada pra Dançar, Vamos Cumbiar e Balançando o Sax.

O velório será realizado na funerária Recanto da Paz (Unidade Santo Agostinho), a partir das 12h. Teixeira de Manaus deixa um enorme legado para o cenário musical amazonense.


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