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Manaus

Qualidade do ar por causa da fumaça de queimadas é muito ruim em Manaus neste sábado (18/11) aponta AppSelva

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas últimas 48 horas registradas 718 no Pará, 630 no Mato Grosso, 390 no Mato Grosso do Sul, 193 em Rondônia, 158 no Ceará e 140 no Amazonas.

Desde anoite de sexta-feira (17/11) a qualidade do ar, em Manaus ficou entre muito ruim e péssima, de acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (AppSelva). A cidade foi tomada por uma espessa nuvem de fumaça de queimadas.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas últimas 48 horas registradas 718 no Pará, 630 no Mato Grosso, 390 no Mato Grosso do Sul, 193 em Rondônia, 158 no Ceará e 140 no Amazonas.

Uma epidemia silenciosa que mata cerca de 51 mil brasileiros todos os anos e para a qual a vacina são políticas públicas bem desenvolvidas e implementadas. A poluição do ar não pode continuar como um problema silencioso, com uma política nacional que não tem metas de redução das emissões de poluentes, não é implementada, além de ter fragilidades jurídicas. Hoje, o Brasil não monitora o ar de maneira aceitável, os padrões de base são mais permissíveis do que os recomendados pelo Organização Mundial da Saúde e não há penalidades caso sejam descumpridos.

Os impactos da poluição do ar na saúde estão conectados com a incidência de mortes prematuras, doenças pulmonares, cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, disposição ao câncer e ao diabetes, além de prejuízo do desenvolvimento cognitivo em crianças e demência em idosos.

Em apenas seis regiões metropolitanas brasileiras, onde vive 23% da população do país, se os padrões de poluição continuarem os mesmos de 2016, ocorrerão cerca de 128 mil mortes precoces entre 2018 e 2025, que representarão um custo de R$ 51,5 bilhões em perda de produtividade, segundo estudo do Instituto Saúde e Sustentabilidade. Haverá ainda 69 mil internações públicas a um custo de R$ 126,9 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo ajuda a mostrar que os impactos da poluição vão além dos centros urbanos. Na região amazônica, por exemplo, os níveis de poluentes gerados pelas queimadas chegam a atingir valores de material particulado (MP 10) de 500 microgramas por metro cúbico, o que representa cerca de 25 vezes mais poluição do que a média histórica da região (20 microgramas por metro cúbico).

De acordo com levantamento do Human Rights Watch, de julho a outubro de 2019 foram mais de 2 mil internações por doenças respiratórias diretamente relacionadas às queimadas, sendo que os mais afetados foram bebês e pessoas com mais de 60 anos, respondendo por 21% e 49% do total de internações, respectivamente.


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