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Manaus

Qualidade do ar é novamente baixa em Manaus nesta terça-feira, aponta App Selva, que faz monitoramento em tempo real

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,2 milhões de mortes a cada ano são resultado da exposição à poluição do ar.

A qualidade do ar na manhã desta terça-feira (10/10) na maior parte da área urbana de Manaus é considerada péssima para a saúde, acordo com o appselva.com.br, lançado pela Universidade do Estado do Amazonas para monitorar, em tempo real, queimadas e o índice da qualidade do ar na região Amazônica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,2 milhões de mortes a cada ano são resultado da exposição à poluição do ar. Grande parte da população mundial (91%) e cerca de 2 bilhões de crianças vivem em locais onde a poluição do ar excede os níveis recomendados pela OMS.

Desde agosto, a fumaça que cobre Manaus, originada das queimadas na capital e em outras localidades do Amazonas, impacta diretamente na saúde de quem tem problemas respiratórios e até de quem não sofre de doenças das vias aéreas. Isso ocorre porque o calor intenso desta época do ano, somado à redução da umidade do ar e à emissão de poluentes pela fumaça, provoca sintomas que vão desde tosse até irritação nos olhos, afetando a rotina de pacientes.

Estudos recentes mostram que a poluição do ar custa, a cada ser humano, uma redução na expectativa de vida média de 2 anos. As fontes de emissão desses poluentes são diversas ao redor do mundo, tanto pelo homem quanto pela natureza, indo desde um simples aparelho eletrônico doméstico consumindo energia até as emissões por carros, indústrias, atividades vulcânicas, entre outras. Um agravante é que a poluição do ar não tem fronteiras. Os poluentes podem viajar centenas de quilômetros.

Na Amazônia, as queimadas florestais e o desmatamento têm um papel importante na emissão de partículas poluentes para a atmosfera, elevando a sua concentração no ar de forma significativa. Com isso, a realidade é que essa fumaça nos céus da Amazônia, um inimigo nem sempre visível, tem gerado danos para todos os povos da região, principalmente os mais vulneráveis como os indígenas e ribeirinhos.

Em 2020, o Instituto Socioambiental (ISA) realizou o primeiro estudo nacional sobre a ligação entre os incêndios florestais e a saúde indígena e mostrou um aumento de 25%, em média, nas hospitalizações de indígenas com mais de 50 anos de idade, devido aos problemas respiratórios.


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