Economia
Bolsa tem maior sequência de quedas em 39 anos; dólar sobe a R$ 4,966
Sequência de quedas era esperada pelo mercado
O dólar comercial encerrou a sessão desta segunda-feira (14) em alta de 1,25%, cotado a R$ 4,966.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou em queda de 1,06%, aos 116.809,55 pontos. Esta é a 10ª desvalorização consecutiva da Bolsa, maior sequência diária de quedas registrada desde fevereiro de 1984. O Ibovespa acumula queda de 4,21% em agosto e alta de 6,45% no ano.
O Banco Central informou que o IBC-Br, sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,63% em junho na comparação com o mês anterior. O dado foi divulgado pelo Banco Central hoje. A expectativa do mercado era de uma alta de 0,60% no mês.
Sequência de quedas era esperada pelo mercado. Em carta aos clientes, os analistas da BB Investimentos já alertavam para o fato de que a sequência de desvalorizações poderia continuar. “Ainda não vemos gatilhos para uma recuperação do Ibovespa nos próximos dias”.
Câmara dos Deputados deve votar nesta semana o novo arcabouço fiscal. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), marcou para hoje uma reunião com técnicos e parlamentares para discutir alterações no texto da proposta.
Cenário externo:
Valorização global do dólar ocorre em meio às preocupações com a desaceleração da economia da China agravada por dificuldades na área imobiliária. A China é uma importante comprador global de commodities. No centro da turbulência nesta segunda está a Country Garden, importante incorporadora chinesa que busca atrasar o pagamento de um título privado.
Os negócios nos EUA refletiam também os dados da inflação no país, anunciados na última sexta-feira (11). Na ocasião, o Departamento do Trabalho informou que o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) para a demanda final subiu 0,3% em julho, ante variação zero do mês anterior. Nos 12 meses até julho, os preços ao produtor aumentaram 0,8%, após alta de 0,2% em junho.
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