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UOL: diplomatas atribuem ao Amazonas dificuldade para obter avião dos EUA para transportar oxigênio

O colunista do UOL Rubens Valente informou, na manhã desta quarta-feira (27/01) que faltaram informações do governo do Amazonas para que EUA enviasse avião.

O colunista do UOL Rubens Valente informou, na manhã desta quarta-feira (27/01) que diplomatas do Itamaraty em Brasília têm atribuído, em conversas reservadas, ao governo do Amazonas as dificuldades para obter um avião emprestado dos Estados Unidos (EUA) a fim de ajudar no transporte de oxigênio medicinal para o estado durante a crise do coronavírus.

Segundo ele, no Itamaraty, os diplomatas dizem que o governo estadual pediu apoio aéreo para transporte do produto no dia 14 de janeiro, o pior momento da crise, quando pacientes morreram em hospitais por falta de oxigênio. Lembra que revelou no último sábado (23), que o chanceler Ernesto Araújo conversou por telefone com o então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo,
braço direito do então presidente Donald Trump — ambos deixaram o governo americano seis dias
depois.

O colunista diz que, de acordo com fontes diplomáticas, na conversa Pompeo se colocou à disposição para colaborar. E que o Brasil ficou de encaminhar os detalhes sobre a ajuda, como o local em que o avião pousaria, a especificação exata da carga que carregaria e para onde levaria. Sem esses dados básicas, a colaboração teria dificuldade para ser organizada. A primeira resposta foi considerada genérica demais: o governo do Amazonas pediu que a carga fosse trazida de Fortaleza, sem maiores detalhes.

Ele afirma que segundo os diplomatas, a partir daí Brasília pediu diversas vezes a representantes do governo estadual, incluindo a Defesa Civil estadual e o gabinete do governador Wilson Lima (PSC), que apresentassem resposta ao questionário. E que as respostas, porém, não vieram ao longo de vários dias.

“De acordo com uma fonte diplomática, o governo estadual chegou a ser instado pelo governo federal a se explicar diretamente à embaixada dos EUA, já que o Itamaraty dizia estar fazendo tudo ao seu alcance e queria demonstrar aos norte-americanos que o problema não estava em Brasília”, diz.

Informa que “de fato, no dia 18 de janeiro o governador Wilson Lima dirigiu uma carta oficial
por email ao embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, para dizer que havia subsidiado com informações o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) a fim de que ele esclarecesse publicamente
que a embaixada estava colaborando com o Brasil”.

De acordo com uma fonte diplomática, diz o colunista, os norte-americanos “não mandaram avião ou coisa alguma porque não se conseguiu arrancar do Amazonas os dados básicos necessários para a missão”. “Não basta dizer, ‘me mandem um avião’, eram necessários os detalhes que não foram enviados aos EUA. Os americanos estavam dispostos a ajudar.”

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