Brasil
Região Norte ganhou 13,4% mais trabalhadores no comércio, entre 2014 e 20A23, com salário abaixo da média nacional, aponta IBGE
Nos últimos 10 anos, o Amazonas passou a ter comércio varejista como o de maior relevância em termos de receita.

Região Norte tinha 378,9 mil trabalhadores no comércio, em 2023, após aumento de 13,4% ou 44,9 mil empregados a mais, na comparação com 2014. Enquanto o salário médio nacional foi de 2 saláris mínimos (s.m.), em 2023, no Norte foi de 1,7 s.m., o segundo menor entre as regiões, registrando queda de 0,1 s.m. os últimos 10 anos, contra um aumento médio de 0,1 s..m no Sul e Centro-Oeste.
Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira (07/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam, ainda, que, nos últimos 10 anos, o Amazonas passou a ter comércio varejista como o de maior relevância em termos de receita, enquanto Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul tiveram um movimento inverso.
De acordo com o IBGE, em 2023 havia 1,5 milhão de empresas comerciais no Brasil, responsáveis pela ocupação de 10,5 milhões de pessoas e abrangendo 1,7 milhão de unidades locais. Comparada a 2022, a ocupação teve alta de 2,6% (mais 267,8 mil pessoas), terceiro ano seguido de crescimento. Frente a 2014, no entanto, ocorreu queda de 0,8% (menos 88,0 mil) e, em relação a 2019, pré-pandemia, houve expansão de 3,5% (mais 360,3 mil). O contingente de trabalhadores em 2023 recebeu R$ 352,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Já a receita operacional líquida gerada pelas empresas comerciais totalizou R$ 7,1 trilhões.
O setor comercial no Sudeste empregava um total de 5,2 milhões de pessoas em 2013, uma queda de 4,1% frente a 2014, o que representa menos 223,4 mil pessoas ocupadas. O Nordeste tinha 1,9 milhão de trabalhadores ocupados, mas também enfrentou queda na ocupação, com a saída de cinco mil profissionais. Já o Centro-Oeste terminou 2023 com 947,5 mil profissionais no comércio, e foi a região com maior alta em termos absolutos, 6,5%, ou mais 57,5 mil pessoas ocupadas. O Sul ganhou 38,0 mil pessoas (aumento de 1,8%) no mesmo período, chegando a 2,1 milhões de pessoas empregadas no comércio formal.
O comércio por atacado predominou em 13 unidades da federação, incluindo as três da Região Sul, enquanto nas outras 14 o comércio varejista teve mais peso em 2023.
Enquanto o salário médio nacional foi de 2,0 s.m. em 2023, no Sudeste o valor foi maior (2,1 s.m.), enquanto no Sul a remuneração (2,0 s.m.) foi idêntica à média nacional. Já as regiões Centro-Oeste (1,9 s.m.) e Nordeste (1,5 s.m.) ofereciam salários abaixo da média. Nos últimos 10 anos, empresas comerciais no Sul e Centro-Oeste aumentaram o salário médio em 0,1 s.m.
O setor varejista respondeu pela maior proporção de empregos do comércio, com 7,7 milhões de trabalhadores, equivalente a 72,7% do total. Entre as atividades do varejo com alta na ocupação entre 2014 e 2023, destaque para hiper e supermercados, que teve a maior proporção de pessoas ocupadas (15,1%), e aumentou a quantidade de trabalhadores em 30,6% (mais 372,3 mil pessoas). Outro destaque do setor varejista é o comércio de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos, com alta de 21,3%, o que corresponde a mais 162,2 mil pessoas ocupadas nesse período de 10 anos.
O Sudeste foi responsável por 48,9% da receita bruta de revenda em 2023, mas essa participação diminuiu frente a 2014, quando detinha 51,6%. Essa perda na participação foi absorvida principalmente pelas regiões Sul, que passou de 19,7% para 20,9%, e Centro-Oeste, que cresceu de 9,7% para 11,4%, nesses últimos 10 anos.
O setor comercial no Sudeste empregava um total de 5,2 milhões de pessoas em 2013, uma queda de 4,1% frente a 2014, o que representa menos 223,4 mil pessoas ocupadas. O Nordeste tinha 1,9 milhão de trabalhadores ocupados, mas também enfrentou queda na ocupação, com a saída de cinco mil profissionais. Já o Centro-Oeste terminou 2023 com 947,5 mil profissionais no comércio, e foi a região com maior alta em termos absolutos, 6,5%, ou mais 57,5 mil pessoas ocupadas. O Sul ganhou 38,0 mil pessoas (aumento de 1,8%) no mesmo período, chegando a 2,1 milhões de pessoas empregadas no comércio formal.
O comércio por atacado predominou em 13 unidades da federação, incluindo as três da Região Sul, enquanto nas outras 14 o comércio varejista teve mais peso em 2023.
São Paulo continuou sendo o estado mais representativo do setor comercial em termos financeiros, com 29,2% da receita bruta do país. No entanto, nos últimos 10 anos, perdeu espaço, com uma queda de 2,2 p.p. entre 2014 e 2023, a maior redução entre as unidades da federação. Minas Gerais manteve-se como a segunda mais importante, com 10,0% do total.
Rio de Janeiro, que em 2014 era o terceiro estado com maior representação, teve uma queda de 2,1 p.p. e, em 2023, caiu à sexta posição, com 6,2% de participação, sendo o estado que mais perdeu posições no ranking de relevância da receita bruta entre 2014 e 2023. Paraná (8,1%), Rio Grande do Sul (6,5%) e Santa Catarina (6,4%), que formam a região Sul, ultrapassaram o Rio de Janeiro nesse ranking. Já o Mato Grosso foi o estado que mais ganhou participação, passando de 2,9% em 2014 para 4,3% em 2023, e saiu da décima para a sétima posição.
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