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Operação Gota vai vacinar população indígena, quilombola, ribeirinha e rural do Amazonas
A ação é coordenada e financiada pelo Ministério da Saúde, com apoio do Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, secretarias estaduais e da Secretaria de Saúde Indígena, a Sesai.

A Operação Gota vai levar 20 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação e a vacina contra a raiva para as populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, rurais e que vivem nas regiões de fronteiras nas áreas remotas do Amazonas.
A ação é coordenada e financiada pelo Ministério da Saúde, com apoio do Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, secretarias estaduais e da Secretaria de Saúde Indígena, a Sesai.
No estado amazonense, as equipes de vacinação vão percorrer comunidades indígenas com as localizadas no Distrito de Saúde Especial Indígena Alto Rio Negro.
Este ano, a Operação Gota também vai aplicar a imunização pré exposição contra a raiva e a versão mais atual da vacina contra a influenza. O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica a meta da campanha contra gripe: “O objetivo é a gente buscar essa meta. Então, teremos um esforço muito grande de fazer essa vacinação. Lembrando que trazemos a vacina do Butantã, que é uma vacina trivalente, com a composição para o Hemisfério Sul de 2025. Ela cobre três tipos de vírus de Influenza. Então, é uma vacina que é produzida nacionalmente, 100% produzida aqui no Brasil. É bom lembrar que as crianças que não receberam a vacina previamente têm que receber duas doses e a população indígena, toda a população, está contemplada a partir de seis meses de idade.”
Entre as principais vacinas ofertadas pelas equipes estão a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A DTP protege contra difteria, tétano e coqueluche. A vacina BCG protege contra formas graves de tuberculose. As vacinas contra febre amarela, catapora, hepatite B e hepatite A, e a imunização contra o HPV também fazem parte da lista.
Operação Gota: vacinas aplicadas
1. BCG – contra formas graves de tuberculose
2. Hepatite B
3. Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B) – contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B
4. DTP (tríplice bacteriana) – contra difteria, tétano e coqueluche
5. dT (dupla adulto) – contra difteria e tétano
6. dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) – contra difteria, tétano e coqueluche (gestantes)
7. VIP (vacina inativada poliomielite)
8. Rotavírus humano (monovalente)
9. Pneumocócica 10-valente (conjugada)
10. Pneumocócica 23 valentes
11. Meningocócica C (conjugada)
12. Meningocócica ACWY (conjugada)
13. Febre amarela
14. Tríplice viral (SCR) – contra sarampo, caxumba e rubéola
15. Tetra viral (SCR-V) – contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela
16. Varicela (monovalente)
17. Hepatite A
18. HPV (papilomavírus humano) quadrivalente – tipos 6, 11, 16 e 18
19. Influenza (gripe)
20. COVID-19 – Conforme esquemas atualizados
21. Profilaxia Pré- exposição antirrábica Humana
Atualmente, o estado do Amazonas ainda está com índices abaixo da meta de 95% de cobertura vacinal prevista para 2025. Um exemplo: a vacinação contra Hepatite A infantil está com 88% de cobertura. As vacinas contra catapora, sarampo, caxumba e rubéola também estão com números abaixo do ideal.
Para o agricultor José Roberto Medeiros, a operação leva saúde e prevenção. Ele mora na região da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari, nas proximidades do município de Carauari, distante mais de 700 quilômetros de Manaus. “A vacina é muito importante para prevenir doenças, principalmente doenças tropicais, porque moramos no meio da floresta e estamos sujeitos à contaminação de vírus e bactérias. E a dificuldade de ter acesso à vacina no tempo certo é pela distância, pelo isolamento. Moramos distante dois, três dias de barco para a cidade mais próxima, que é Carauari.”
A Operação Gota tem como meta vacinar moradores de 104 comunidades ribeirinhas, quilombolas e rurais, além de 325 aldeias indígenas, espalhadas por 42 municípios da região Amazônica. O valor total destinado à execução da operação é de R$ 56,4 milhões.
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