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Defensoria Pública informa que apura remarcações de cirurgias no Hospital Adriano Jorge, em Manaus

A Defensoria informou que não sabe dizer se são muitas as cirurgias canceladas, mas disse que, segundo a direção do hospital, as remarcações ocorrem com 2% das cirurgias.

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A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) informou, nesta quarta-feira (23/07) que analisa a regularidade das cirurgias ofertadas pela Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ) e a disponibilidade de insumos para os procedimentos.

Segundo a DPE, em reunião realizada segunda-feira (21/07), no âmbito de um Procedimento Coletivo (PC) que averigua o caso, o coordenador do Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa), defensor público Arlindo Gonçalves Neto, questionou a direção do hospital sobre as constantes remarcações de cirurgias ortopédicas.

“Identificamos uma situação já recorrente no Adriano Jorge, em que a cirurgia é desmarcada por falta de material estéril. Soubemos que muitos dos insumos são encaminhados para a esterilização, mas chegavam à instituição sem condições de uso. Já sabíamos desse fato por meio denúncias e, agora, houve a confirmação”, relatou o defensor.

O coordenador do Nudesa disse que o problema tem trazido um enorme transtorno a todos os pacientes que precisaram reagendar as cirurgias. “O paciente aguarda anos pelo procedimento, tem a sua cirurgia agendada, faz a internação no hospital, passa por todo um preparo: fica em jejum, aguarda o momento, vai para a sala de cirurgia e, no momento da cirurgia, o procedimento é desmarcado”, afirmou.

A DPE-AM informou que também apura a quantidade de pessoas prejudicadas até agora com o problema. “Vamos verificar qual o volume dessas ocorrências. Não sabemos dizer se são muitas, mas, segundo a direção do Hospital Adriano Jorge, isso acontece em 2% das cirurgias”, concluiu.

Opera +

A DPE-AM informou, ainda, que enviou ofício à fundação, pedido informações sobre os procedimentos realizados durante mutirão cirúrgico que prevê mais de 40 mil procedimentos no período de junho a dezembro de 2025. “No anúncio feito pela instituição, a ação faz parte do programa “Opera + Amazonas” e contempla especialidades como cirurgia geral, ginecologia, ortopedia, urologia, oftalmologia, proctologia e dermatologia”, diz a defensoria.

O ofício pede a lista de procedimentos cirúrgicos contemplados, os nomes dos pacientes beneficiados, a relação de quem teve os procedimentos cancelados ou suspensos por falta de material, informações sobre o estoque de insumos, além de esclarecimentos a respeito das denúncias de ausência de insumos e como consequência a impossibilidade da realização de cirurgia aos pacientes.


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