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Tsunami atinge Rússia e Japão após terremoto de magnitude 8,8
Havaí também ordenou evacuações diante da expectativa de ondas provocados pelo tremor .

Um forte terremoto de magnitude 8,8 atingiu o extremo leste da Península de Kamchatka, na Rússia, na quarta-feira (30/07 em horário local, 29/07 no Brasil) provocando ondas gigantes em diversas partes do Oceano Pacífico e alertas de tsunamis.
Pessoas no Havaí, em algumas partes da costa oeste dos EUA e no Japão receberam orientações para evacuar suas casas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, aconselhou os americanos a ficarem atentos para alertas de tsunami. Já o governador do Havaí, Josh Green, pediu às pessoas que obedeçam às ordens de evacuação e mantenham a calma. Ele disse que ainda não houve registro de ondas significativas, mas que ainda há risco de problemas maiores nas próximas horas.
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu um comunicado no qual diz que ondas de tsunami estão “agora impactando o Havaí”. A maior onda registrada na região até agora foi de 1,21 metros em Oahu.
“Medidas urgentes devem ser tomadas para proteger vidas e propriedades”, disse o comunicado, alertando que o perigo pode persistir por horas.
No Japão, 1,9 milhões de pessoas foram instruídas a evacuar no norte do país. Uma onda de tsunami de 1,3 metros atingiu a prefeitura de Iwate, no norte, de acordo com a agência meteorológica do país.
Diversos países emitiram alertas de tsunami em diferentes níveis: China, Filipinas, Indonésia, Guam, Peru e Ilhas Galápagos, no Equador. No Estado americano da Califórnia, autoridades pediram que as pessoas evitem ficar próximo ao litoral.
Um tsunami com altura de 3 a 4 metros também foi registrado em partes de Kamchatka.
Na Rússia, não há até o momento registros de mortes ou ferimentos graves, mas há vários feridos, segundo a agência estatal TASS.
Hokkaido, no norte do Japão, também registrou um tsunami — e autoridades alertam que ondas subsequentes podem ser ainda maiores. Segundo o governo japonês, não há até o momento mortos ou feridos.
Foram ordenadas evacuações urgentes na ilha Oahu, no Havaí; e em centenas de quilômetros da costa do Japão.
“Fujam para um local mais alto e seguro imediatamente. O horário de chegada do tsunami é apenas uma estimativa. As ondas podem chegar mais cedo ou mais tarde. Continuem a evacuar enquanto o alerta estiver em vigor”, alertaram as autoridades japonesas.
“Espera-se que tremores secundários significativos e perceptíveis, com magnitude de até 7,5, continuem por pelo menos mais um mês”, alertou a filial de Kamchatka do Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências.
A península já vinha sendo afetada por uma série de terremotos nos últimos 10 dias.
No Japão, trabalhadores das usinas nucleares de Fukushima Daiichi e Fukushima Daini foram evacuados e transferidos para áreas mais altas, de acordo com um comunicado da empresa de energia Tokyo Electric Power Company (TEPCO).
A usina de Fukushima Daiichi foi palco de um grande desastre nuclear após o devastador terremoto de magnitude 9,0 seguido de tsunami no Japão em 2011.
A TEPCO destacou que não houve feridos ou anormalidades registradas nas usinas, mas disse que continuará monitorando os alertas de tsunami.
Qual é o intervalo de tempo?
O terremoto aconteceu por volta das 11h25 no horário local (00h25 no horário de Brasília) nesta quarta-feira.
De acordo com o sistema de alerta de tsunamis dos Estados Unidos, as ondas são esperadas em partes da Colúmbia Britânica e da Califórnia por volta das 0h20 (09h20 no horário de Brasília).
Depois disso, as ondas podem atingir Nome, no Alasca, às 3h20 (12h20 no horário de Brasília).
“Uma boa regra prática sobre tsunamis é que as ondas se deslocam mais ou menos na velocidade de um avião a jato”, explicou Helen Janiszewski, professora assistente da divisão de geofísica e tectônica da Universidade do Havaí, à BBC.
“Então, se você pensar em quanto tempo levaria um voo entre dois lugares, é mais ou menos o tempo que uma onda leva para viajar do epicentro do terremoto até atingir outro ponto”, disse ela.
De acordo com o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, ondas de três metros podem atingir também o Equador.
Mas ainda é difícil prever a gravidade dos danos, com ondas de tsunami continuando pelo Oceano Pacífico.
“Mesmo agora, os cientistas estão executando novos modelos para tentar refinar as previsões iniciais”, disse Chris Goldfinger, professor de Geologia Marinha na Universidade Estadual do Oregon, ao BBC Breakfast.
Cada país, cada porto e cada litoral sofrerá uma resposta específica. Em alguns lugares, será mínima, em outros, bastante grave.
Ele afirmou que a extensão do impacto depende em grande parte da trajetória da energia irradiada da península de Kamchatka, na Rússia. Espera-se que as áreas diretamente alinhadas com essa energia – aproximadamente a sudeste do epicentro – sejam as mais afetadas.
Ele disse que leva cerca de “oito a nove horas” para um tsunami de Kamchatka chegar à costa oeste dos EUA.
Os Estados Unidos e o Japão emitiram alertas de tsunami após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a costa leste da Rússia nesta terça-feira (29).
De acordo com o Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências, “espera-se que tremores secundários significativos e perceptíveis, com magnitudes de até 7,5, continuem por pelo menos mais um mês”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou sobre o tremor nas redes sociais. Ele disse que um alerta de tsunami está em vigor nas regiões do Havaí, Alasca, Costa dos EUA e Japão.
De acordo com o secretário-chefe do Japão Yoshimasa Hayashi, cidadãos nas áreas abrangidas pelo alerta de tsunami devem se retirar “imediatamente” para um local seguro. “Estamos recebendo monitorando quaisquer detalhes sobre danos ou vítimas”, disse Hayashi.
A autoridade disse ondas de até 3 metros (10 pés) são esperados na região costeira.
De acordo com o governador regional da Rússia, o tremor foi o “mais forte em décadas”.
O Havaí emitiu alertas para um possível tsunami solicitou a retirada da população de regiões em risco.
Sudeste asiático
Filipinas e a Indonésia também emitiram alertas de tsunami após o abalo sísmico.
Algumas áreas costeiras nas Filipinas voltadas para o Oceano Pacífico devem sofrer ondas de tsunami de menos de 1 metro (3,3 pés) de altura, disse o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (PHIVOLS) em um comunicado.
As primeiras ondas do tsunami devem chegar entre 13h20 e 14h40, horário local, na quarta-feira, com base nas projeções do instituto.
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