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Risco de transmissão da gripe aviária para humanos aumenta e vira ‘enorme preocupação’, alerta OMS

De 2003 a 2024, foram relatados 889 casos e 463 mortes causadas pelo H5N1 em todo o mundo, segundo a OMS, colocando a taxa de letalidade em 52%.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou, nessa quinta-feira (18), “enorme preocupação” sobre a disseminação em humanos da gripe aviária, a H5N1, que possui uma taxa de mortalidade “extraordinariamente alta”.

Um surto que começou em 2020 resultou na morte de milhões de aves. Mais recentemente, a disseminação do vírus em várias espécies de mamíferos, incluindo em gado doméstico nos Estados Unidos, aumentou o risco de transmissão para humanos, disse a OMS.

“Isso continua sendo, acredito, uma preocupação enorme”, disse o cientista-chefe da agência de saúde da ONU, Jeremy Farrar, em coletiva de imprensa em Genebra.

“A grande preocupação, é claro, é que, ao infectar patos e galinhas e, em seguida, cada vez mais mamíferos, esse vírus agora evolua e desenvolva a capacidade de infectar humanos e, então, criticamente, a capacidade de passar de humano para humano”, acrescentou.

Até o momento, não há evidências de que a gripe aviária esteja se espalhando entre humanos. Mas, nos casos em que humanos foram infectados por contato com animais ao longo dos últimos 20 anos, “a taxa de mortalidade é extraordinariamente alta”, disse Farrar.

Autoridades dos EUA relataram neste mês que uma pessoa no Texas estava se recuperando da gripe aviária após exposição ao gado leiteiro, com 16 rebanhos em seis estados infectados, aparentemente após exposição a aves selvagens.

Relatos de 463 mortes

De 2003 a 2024, foram relatados 889 casos e 463 mortes causadas pelo H5N1 em todo o mundo, segundo a OMS, colocando a taxa de letalidade em 52%.

Farrar pediu um aumento no monitoramento, dizendo que era “muito importante entender quantas infecções humanas estão ocorrendo…porque é aí que a adaptação [do vírus] ocorrerá”.

Ele disse que esforços estavam em andamento para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos para H5N1. Enfatizou, ainda, a necessidade de garantir que as autoridades de saúde regionais e nacionais ao redor do mundo tivessem capacidade para diagnosticar o vírus.


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