Mundo
Papa apela por ambiente e evangelização de todos na Amazônia
Leão XIV enviou mensagens para bispos reunidos em Bogotá

Vatican News
O papa Leão XIV enviou uma mensagem aos bispos da Amazônia, reunidos até 20 de agosto em Bogotá, na Colômbia, na qual pede atenção à justiça e o cuidado com o meio ambiente, além da evangelização de todos da região.
Na reflexão, o Pontífice também se concentrou no alerta de que ninguém deve se tornar “escravo ou adorador da natureza” e abordou o problema de como alcançar a todos com a missa e a Comunhão.
Este último tema foi discutido no Sínodo de 2019 para abordar a questão dos chamados viri probati, homens casados, de fé comprovada e capazes de administrar espiritualmente uma comunidade de fiéis, dada a vastidão do território e a escassez de padres. Entretanto, Leão XIV não abordou o assunto na mensagem de hoje.
No telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, o Papa exorta a todos a “ter em mente três dimensões interligadas na ação pastoral desta região: a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os homens, o tratamento equitativo dos povos que ali vivem e o cuidado da nossa casa comum”.
Além disso, convoca os bispos, e através deles toda a Igreja, à tarefa da evangelização: “É essencial que Jesus Cristo, em quem todas as coisas se resumem, seja anunciado com clareza e imensa caridade entre os habitantes da Amazônia, para que nos comprometamos a dar-lhes o pão fresco e puro da ‘Boa Nova’ e o alimento celeste da Eucaristia, único caminho para sermos verdadeiramente o ‘Povo de Deus’ e o ‘Corpo de Cristo'”.
Segundo ele, a missão evangélica permanece, portanto, no cerne da obra da Igreja.
Na mensagem, o norte-americano explica ainda que “nesta missão, somos movidos pela certeza, confirmada pela história da Igreja, e de que onde quer que o nome de Cristo seja pregado, a injustiça recua proporcionalmente”.
Desta forma, surge então a questão da proteção ambiental. “Não menos evidente é o direito e o dever de cuidar da ‘casa’ que Deus Pai nos confiou como administradores solícitos, para que ninguém destrua irresponsavelmente os bens naturais que falam da bondade e da beleza do Criador, nem, muito menos, se submeta a eles como escravo ou adorador da natureza”.
Por fim, Leão XIV exortou os bispos que trabalham na Amazônia, também na “escuta e no envolvimento de todas as vocações na Igreja”, a “buscar, com base na unidade e na colegialidade próprias de um corpo episcopal, maneiras de auxiliar concreta e eficazmente os bispos diocesanos e os vigários apostólicos no cumprimento de sua missão”.
Mais de 90 bispos de 76 jurisdições eclesiásticas nos 9 países amazônicos estão reunidos em espírito sinodal para discernir sobre os desafios pastorais e missionários da região, onde moram mais de 33 milhões de pessoas, entre elas, indígenas, ribeirinhos, camponeses e afrodescendentes.
Esse é o primeiro grande encontro episcopal após o Sínodo para a Amazônia de 2019, o Documento Final e a Exortação Apostólica Querida Amazônia do papa Francisco, um movimento em prol de novos caminhos de evangelização e cuidados do meio ambiente e dos pobres que deu força para a própria criação da Ceama, aprovada pelo Pontífice argentino em 2021.
Com informações do site Terra
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