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Mais da metade do mundo estará acima do peso até 2035, mostra pesquisa

No Brasil, 4 em cada 10 adultos brasileiros serão obesos, segundo a nova edição do Atlas da Obesidade no Mundo.

Mais da metade da população mundial estará acima do peso ou obesa até 2035. Isso significa ter um índice de massa corporal (IMC) acima de 25 kg/m², para sobrepeso, e acima de 30, para obesidade. O alerta é da nova edição do Atlas da Obesidade no Mundo, de 2023, divulgada no início do mês pela Federação Mundial de Obesidade, uma aliança de grupos de saúde, científicos, de pesquisa e campanha.

De acordo com o relatório, o aumento da obesidade está sendo impulsionado por fatores como a emergência climática, restrições impostas pela pandemia de Covid-19, poluentes químicos, bem como a composição e promoção de alimentos não saudáveis ​​e o comportamento da indústria alimentícia.

O IMC é um cálculo feito pela divisão do peso (em quilogramas) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado coloca o indivíduo em uma das quatro categorias principais: baixo peso (IMC menor que 18,5), peso normal (18,5 a 24,9), sobrepeso (25,0 a 29,9) ou obeso (30 ou mais).

Atualmente, cerca de 2,6 bilhões de pessoas, o que corresponde a 38% da população mundial, já estão com sobrepeso ou obesidade. Se a tendência se mantiver, em 12 anos, mais de 4 bilhões ou 51% da população terá seu peso classificado em uma dessas categorias.

No Brasil, a estimativa é que 41% da população adulta tenha obesidade até 2035. Entre as crianças, o crescimento será mais acelerado, de 4,4% a cada 12 meses, até chegar a cerca de 27% dos mais novos. A tendência é a mesma no resto do mundo. De acordo com o relatório, a obesidade entre crianças e jovens está a caminho de aumentar mais rapidamente do que entre os adultos. Até 2035, espera-se que seja pelo menos o dobro da taxa observada em 2020.

O problema é que a obesidade aumenta o risco de câncer, doenças cardíacas e outras doenças. Na infância, o excesso de peso está associado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 precoce, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto. Além de aumentar o risco dela se tornar um adulto obeso.

“É particularmente preocupante ver as taxas de obesidade crescendo mais rapidamente entre crianças e adolescentes. Governos e formuladores de políticas em todo o mundo precisam fazer todo o possível para evitar repassar os custos de saúde, sociais e econômicos para a geração mais jovem.”, disse Louise Baur, presidente da Federação Mundial de Obesidade, em comunicado.

O relatório também destaca que as taxas de obesidade estão aumentando particularmente em países de baixa renda, que são menos preparados para enfrentar a doença. Nove dos 10 países que devem experimentar os maiores aumentos nos próximos anos são nações de baixa ou média renda na África e na Ásia.

Para tentar impedir que isso aconteça, a Federação Mundial de Obesidade recomenda que os governos tributem e criem restrições à comercialização de alimentos ricos em gordura, sal ou açúcar; acrescentem rótulos de alerta na frente da embalagem destes produtos e forneçam alimentos saudáveis ​​nas escolas.

O custo global da obesidade também deve disparar, de US$ 1,96 trilhões em 2019 para US$ 4,32 trilhões em 2035, o que seria o equivalente a 3% do PIB global – uma soma comparável ao dano econômico causado pelo Covid-19 – estima a federação.

As informações são do jornal O Globo.

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