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Governo da Espanha apresenta medidas para travar genocídio de Israel em Gaza

Pacote apresentado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez foi criticado por israelenses, que falam em “antissemitismo”.

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O governo espanhol anunciou na 2ª feira (8.set.2025) 9 medidas para aumentar a pressão sobre Israel e tentar “travar o genocídio em Gaza“. O primeiro-ministro Pedro Sánchez (PSOE, centro-esquerda) também retirou a embaixadora espanhola do país.

Durante a apresentação da lista, Sánchez disse que as ofensivas israelenses já não configuram defesa ou ataque, mas, sim, o extermínio de um povo indefeso e a violação de todas as regras do direito humanitário.

“O que o primeiro-ministro Netanyahu apresentou em outubro de 2023 como uma operação militar em resposta aos horríveis ataques terroristas acabou se transformando em uma nova onda de ocupações ilegais e em um ataque injustificável contra a população civil palestina“, afirmou o premiê espanhol em declaração na sede do governo, em Madri.

Entre as medidas anunciadas está a proibição legal e permanente de compra e venda de armas a Israel e da entrada na Espanha de pessoas diretamente envolvidas em genocídios. O país também aumentou a contribuição humanitária para 150 milhões de euros.

Eis as medidas anunciadas pela Espanha:

Aprovação urgente de um decreto-lei que proíba a compra e venda de armas a Israel;
Proibição do trânsito pelos portos espanhóis de navios que transportem munições e armas para Israel;
Proibição de sobrevoo em território espanhol de meios de transporte que levem material de defesa para Israel; Proibição de entrada em território espanhol de pessoas diretamente envolvidas em genocídios;
Proibição de ocupações que provoquem deslocamento forçado dos habitantes de Gaza;
Limitação dos serviços consulares prestados a pessoas que vivem em assentamentos ilegais;
Reforço do apoio à Autoridade Palestina, fortalecimento das fronteiras e criação de projetos nos setores da agricultura e da saúde;
Aumento da contribuição da Espanha para a UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos);
Ampliação da ajuda humanitária para 150 milhões de euros.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse que as medidas espanholas são antissemitas e que representam tentativa de desviar a atenção de escândalos de corrupção.

As autoridades israelenses também anunciaram que as ministras do Trabalho, Yolanda Díaz, e da Juventude, Sira Rego, estão proibidas de entrar no país.

O governo espanhol reagiu convocando de volta a embaixadora em Tel Aviv, Ana María Solomon.

O ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 deixou 1.219 mortos em Israel, a maioria civis, e resultou no sequestro de 251 pessoas, segundo dados israelenses. Em resposta, a ofensiva israelense já matou mais de 62.000 palestinos em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave —número considerado confiável pela ONU (Organização das Nações Unidas).


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