França: quinta onda de coronavírus já chegou e vai se acelerar, alertam autoridades sanitárias

“(A quinta onda) chegou, provavelmente está aqui desde meados de outubro”, disse Delfraissy à rádio France Inter. “Há uma aceleração da quinta onda e vamos ver isso nas próximas semanas”, alertou, evocando a fase de inverno onde o vírus circula mais e a presença da variante Delta, “extremamente transmissível”. A informação é da Agência RFI.

Segundo Jean-François Delfraissy, as previsões indicam que o número de hospitalizações por dia ligadas ao coronavírus poderia subir para 1.400 “provavelmente talvez no início de dezembro”.

“É muito menos do que durante a primeira e a segunda onda, mas ainda é muito”, acrescenta.

O presidente do Conselho Científico considera que o sistema de saúde francês é capaz de lidar com a nova onda, “contanto que utilizemos todas as ferramentas da caixa de ferramentas”, disse, referindo-se à vacinação de pessoas ainda não imunizadas, à terceira dose de reforço e à aplicação rigorosa de medidas básicas de prevenção e o “passaporte sanitário”.

Reforço das contenções

“Precisamos colocar a máscara de volta. Eu sei que é difícil, eu sei que todo mundo está farto, mas são medidas individuais”, disse. Ele também pediu a adoção plena do passaporte sanitário, o que “não é mais o caso”, citando um ou outro restaurante que já não exige mais o documento.

Jean-François Delfraissy também considerou que o aumento do homeoffice pode ajudar a lidar com o nova onda epidêmica. “Se usarmos todas as ferramentas, devemos ser capazes de limitar os efeitos desta quinta onda, mesmo assim isso vai ser difícil”, prevê.

Jean-François Delfraissy também estimou que a terceira dose de reforço, atualmente limitada para idosos e pessoas com comorbidades, provavelmente terá de ser estendida a toda a população, mas sem a necessidade de fazer isso com urgência. Em recente pronunciamento para os franceses, o presidente Emmanuel Macron anunciou o lançamento de uma campanha de reforço da vacinação para a população entre 50 e 64 anos a partir de dezembro.

“A meu ver, muito provavelmente teremos que ir para uma terceira dose na população em geral. Não há emergência para a população mais jovem, porque ela foi vacinada mais tarde “, disse ele.

De acordo com dados publicados na noite de terça-feira (16) pela Saúde Pública francesa, a epidemia de Covid-19 matou 118.271 pessoas desde seu aparecimento.

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