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Cidades amazônicas terão US$ 1 bi para enfrentar eventos climáticos extremos com crédito do Grupo BID

Nova linha de crédito, no Programa Amazônia Sempre, do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento, teve apoio de Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Suriname.

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Cheia do Rio Purus alaga casas em Boca do Acre. (Foto: Reprodução/ Rede Amazônica)

As cidades amazônicas terão uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para investir em infraestrutura resiliente, ou seja, aquela capaz de suportar eventos climáticos extremos ou absorver o impacto causado por eles. A nova linha foi lançada, nesta terça-feira (11/11), durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, que ocorre em Belém, no Pará.

A linha ficará hospedada dentro do Programa Amazônia Sempre, do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID). O dinheiro poderá ser usado pelas cidades para investimentos em segurança hídrica, energia limpa e infraestrutura urbana resiliente.

O nova linha de crédito recebeu o apoio dos seguintes países amazônicos: Brasil, Bolívia, Equador, Peru e Suriname.

O novo instrumento usará mecanismos financeiros inovadores – como financiamento misto, esquemas de concessão baseados em desempenho, mitigação do risco cambial e garantias de substituição de crédito – e fornecerá assistência técnica para projetos em áreas urbanas e periurbanas, segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento.

“Proporcionar às pessoas meios de vida e empregos nas cidades é a melhor maneira de preservar a floresta”, disse o presidente do Grupo BID, Ilan Goldfajn, no lançamento da linha, na COP30. “A construção de infraestrutura resiliente ajuda a proteger cerca de 60 milhões de pessoas que têm a Amazônia como seu lar”, completou.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a linha terá condições diferenciadas de juros e prazo de pagamento, e que o valor emprestado para cidades brasileiras terá garantia da União. “[Essa linha] nos permitirá atuar não só em relação aos recursos hídricos e florestais, mas também em desafios urbanos, uma vez que as cidades são o lar da ampla maioria da população amazônica”, destacou Tebet.


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