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Brasileiros da flotilha que tentava levar ajuda a Gaza são deportados de Israel e chegam à Jordânia
Grupo de 13 brasileiros estava nas embarcações interceptadas pelas forças israelenses na semana passada.

Os ativistas brasileiros da flotilha Global Sumud, detidos pelas Forças Armadas de Israel em águas internacionais quando tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foram deportados do Estado judeu nesta terça-feira para a Jordânia. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo braço da organização no Brasil. Treze ativistas seguiam detidos desde a última quarta-feira, em uma ação condenada como “ilegal e arbitrária” pelo governo brasileiro.
A organização da Global Sumud no Brasil confirmou que os ativistas foram transportados por via terrestre da prisão de Ktzi’ot, localizada no deserto do Negev, até a fronteira com a Jordânia, em um processo que foi acompanhado por autoridades consulares brasileiras. O grupo indicou que todos os deportados devem passar por uma inspeção médica em Amã.
O Itamaraty se pronunciou por meio de nota sobre a libertação dos brasileiros, detalhando que o corpo diplomático das Embaixadas em Tel Aviv e em Amã os receberam. Um veículo foi providenciado pelas autoridades brasileiras para transportar os ativistas até a capital jordaniana.
“A flotilha Global Sumud, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza quando foi interceptada em águas internacionais por forças militares do Estado de Israel. O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”, afirmou a diplomacia brasileira na nota.
Entre os 13 brasileiros que estavam em um centro de detenção no país do Oriente Médio, junto com outros ativistas estrangeiros, está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). Quatro dos ativistas — Thiago Ávila, Ariadne Telles, João Aguiar e Bruno Gilca — haviam iniciado uma greve de fome, alegando ter ficado dias sem acesso a medicamentos e atendimento médico básico.
Um comunicado divulgado na segunda-feira detalhava o processo de deportação, afirmando que o grupo teria de cruzar a fronteira do país árabe a pé, pela ponte Allenby (rei Hussein). Além dos brasileiros, cidadãos de outros países que integravam a flotilha também deixaram o país nesta terça.
Diplomatas brasileiros visitaram o presídio na segunda em uma missão que se estendeu por mais de oito horas.
A flotilha foi interceptada na quarta-feira passada. Durante visitas de funcionários da Embaixada do Brasil em Israel, os brasileiros disseram que, até a última sexta-feira, não estavam recebendo itens básicos, como comida e medicamento.
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