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Brasil chega à COP25, nesta semana, pressionado por situação da Amazônia
A intenção de negociar com os países desenvolvidos o financiamento de projetos de preservação ambiental. A proposta será apresentada pelo governo federal e reiterada pelos governadores da Amazônia Legal.
O Brasil chega à cúpula climática das Nações Unidas (a COP25, ou Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas) nesta segunda-feira, ofuscado pelo crescente desmatamento na Amazônia, o maior em uma década, e por propostas polêmicas do presidente Jair Bolsonaro, a quem ecologistas culpam pelo avanço das derrubadas e queimadas na região.
Com Bolsonaro ausente da cúpula do clima, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chefiará a delegação brasileira em Madri, onde estará disposto a exigir recursos dos países em desenvolvimento para combater a destruição da maior floresta tropical do planeta.
A Amazônia perdeu 9.762 quilômetros quadrados de vegetação — área do tamanho de quase 10.000 campos de futebol — de agosto de 2018 a julho de 2019, 30% a mais que no mesmo período do ano passado.
Organizações ambientalistas têm apontado o dedo para Bolsonaro, acusando-o de estimular a destruição da floresta com sua retórica inflamatória e suas iniciativas para ampliar a atual fronteira agrícola e permitir a exploração de minerais nas reservas indígenas.
O presidente, no entanto, nega que as políticas de seu governo sejam a razão desse aumento. Entre os motivos apontados recentemente por Bolsonaro está a cultura da população local, com práticas de corte e queima que, segundo ele, muitos habitantes da Amazônia tradicionalmente utilizam.
A intenção de negociar com os países desenvolvidos o financiamento de projetos de preservação ambiental. A proposta será apresentada pelo governo federal e reiterada pelos governadores da Amazônia Legal, que dizem ter chegado a um consenso com o Executivo no entendimento de que, por ser vital para a manutenção da temperatura do planeta por conta da floresta amazônica, o Brasil tem direito aos recursos internacionais prometidos pelo Acordo de Paris.
A COP25 acontece num cenário de emergência climática. O Parlamento Europeu definiu a ameaça que paira sobre a nossa existência civilizatória já que os impactos desse fenômeno parecem ser irreversíveis, segundo a diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Ela ressalta que é crítico o derretimento do gelo no Ártico, a morte dos corais e a perda da nossa floresta amazônica frente as queimadas e o desmatamento. “O mundo inteiro tá sofrendo com o aquecimento global ” disse Anne Alencar.
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