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Manaus

Tesouro Nacional aprova empréstimo de R$ 500 milhões para a Prefeitura de Manaus

Segundo a prefeitura, o valor será destinado à amortização da dívida pública, e investimentos em áreas como educação, saúde, habitação, segurança, infraestrutura, mobilidade urbana, entre outros.

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A Secretaria do Tesouro Nacional, vinculada ao Ministério da Fazenda, deu parecer técnico favorável à concessão de garantia da União para que a Prefeitura de Manaus tome empréstimo de R$ 500 milhões do Banco do Brasil. Para ser efetivada, a operação deverá ter aval do ministro Fernando Haddad e do Senado Federal. O parecer técnico foi dado nesta quarta-feira (2). A informação é do site Amazonas Atual.

A Secretaria do Tesouro Nacional verificou que a Prefeitura de Manaus cumpre os requisitos legais e fiscais para contratar o empréstimo com o banco e obter garantia da União.

Segundo a prefeitura, o valor será destinado à amortização da dívida pública, e investimentos em áreas como educação, saúde, habitação, segurança, infraestrutura, mobilidade urbana, entre outras.

O pedido é baseado na lei municipal aprovada em março deste ano que autoriza o município a contratar operações de crédito com bancos nacionais até o montante de R$ 2,5 bilhões.

A dívida será paga em 120 meses a partir de 2026. Com os juros, encargos e comissões no valor de R$ 366,4 milhões, o município desembolsará R$ 866 milhões para quitar o empréstimo.

A contratação do empréstimo ainda depende da autorização formal do Ministro da Fazenda, por meio de publicação no Diário Oficial da União. Também necessita da assinatura dos contratos de financiamento, garantia e contragarantia, e da comprovação final de adimplência e outros requisitos operacionais pelo INSS, PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e demais órgãos.

No documento enviado à Secretaria do Tesouro Nacional, a Semef (Secretaria Municipal de Finanças) comunicou que o dinheiro será usado para construção de parques, contenção de processos erosivos, desassoreamento de igarapés, construção de feiras e mercados e construção de “obras de artes especiais” — viadutos, por exemplo.

Segundo a prefeitura, tratam-se de obras que irão tornar o trânsito mais fluido e as vias mais trafegáveis, além de levar possibilidades de lazer e entretenimento ao cidadão manauara e aos visitantes.

A Semef afirma que consultou a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil sobre a operação de crédito. Segundo a secretaria, o Banco do Brasil apresentou menor taxa. “Uma diferença significativa de custos de R$ 1 milhão”, informou.

Se for aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional, o requerimento será enviado ao Senado Federal, que tem a competência constitucional para definir os limites e condições para a concessão de garantias da União em operações de crédito.

Projeto polêmico

O Projeto de Lei nº 118/2025, referente ao empréstimo de R$ 2,5 bilhões, estabelece que a prefeitura poderá realizar empréstimos “ao longo da gestão”, entre 2025 e 2028, até o limite previsto.

O projeto prevê que o dinheiro será usado, principalmente, para obras de infraestrutura urbana, mas também para amortizar a dívida pública, construir moradias e para investimentos em diversas áreas, como educação, saúde, segurança pública e mobilidade urbana.

Antes da votação dos projetos, em março, parlamentares contestaram a ausência do nome da instituição bancária na propositura do empréstimo bilionário. Para eles, essa informação era essencial para definir o quórum adequado para aprovação.

“A matéria, por si só, está prejudicada porque a gente sequer sabe qual o quórum para aprovação desse projeto”, disse Rodrigo Guedes (Progressistas). “A gente está aprovando um cheque em branco, sem saber quem é o credor”, disse Rodrigo Sá (Progressistas).

O vereador Rodrigo Guedes também pediu para que a votação fosse realizada em painel, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente, David Reis (Avante). “Em virtude do avançar da hora, vamos manter a forma que estamos. Havendo dúvidas, nós iremos nos socorrer dele”, afirmou David Reis.

Dez vereadores votaram contra a proposta: Rodrigo Guedes, Paulo Tyrone (PMB), Ivo Neto (PMB), Rodrigo Sá, Thaysa Lippy (PRD), Raiff Matos (PL), Coronel Rosses (PL), Sargento Salazar (PL), Capitão Carpê (PL) e Diego Afonso (União Brasil).


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