Manifestantes cobram impeachment de Wilson Lima na frente da Assembleia

Com faixas e gritos de “Fora, Wilson!”, profissionais de Educação Física, motoristas por app, comerciantes, feirantes e trabalhadores informais, realizaram na manhã desta terça-feira (16/02), mais uma manifestação na frente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), zona centro-sul, para cobrar dos parlamentares o impeachment do governador Wilson Lima (PSC). Ao menos dez pedidos de afastamento de Wilson e do vice-governador, Carlos Almeida, tramitam na Casa.

Um dos participantes da manifestação, o presidente do Sindicato dos Médicos do Amaoznas (Simeam), Mário Vianna, autor de um dos pedidos de impeachment, ainda em 2020, declarou que o protesto se dá em repúdio aos atos praticados pelo governador Wilson Lima diante do cenário pandêmico e pela ingerência no comando do Governo do Estado.
“A população não está satisfeita com o comando do senhor governador e de outros dirigentes que não cumprem o seu papel. Essa manifestação não tem um político. Aqui são pessoas que trabalham, que estão nas ruas, e que não aguentam mais este governo”, declarou Mário a um portal.

O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) foi até os manifestantes e ressaltou que o se pedido de impeachment se for aceito pela Procuradoria Jurídica da Casa Legislativa, o impedimento de Wilson Lima e Carlos Almeida poderá sair em no máximo 40 dias.
“Pelo que soube, o pedido está sendo analisado pela procuradoria. Se aceito, vai tramitar nas comissões e no máximo entre 30 e 40 dias o governador é cassado. Todo o processo tem de ser analisado com cautela para não que lá na frente não seja derrubado (na justiça)”, disse Wilker.

Representantes

Ainda pela manhã, o presidente da ALE-AM, Roberto Cidade (PV), recebeu representantes dos trabalhadores na Assembleia. Ele destacou que todos os processos de impeachment protocolizados este ano na Casa Legislativa estão sendo analisados pela Procuradoria Jurídica.
“É um processo muito complexo, e se vinculou nas redes sociais que, hoje, iria ter uma votação para afastar o governador. Se afastar um governador não é do dia para noite. Todos sabemos que tivemos várias judicializações, tanto na eleição da mesa diretora como no outro processo de impeachment e na CPI da saúde. Todos estão sendo analisados pela procuradoria desta casa. A lei é antiga, de 1950, é um sistema de bicameral, não é um sistema que depende só da assembleia, depende também do TJ. Então, nós estamos fazendo o nosso papel, ouvindo o povo”, comentou o presidente.

A Polícia Militar bloqueou parcialmente a avenida Mário Ypiranga, e a entrada da Assembleia.

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