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Economia

Um mês da Black Friday, preço do tênis salta 36%; geladeira sobe 13%, mostra site

A análise das 12 categorias de produtos mais buscados nesse período mostrou uma variação mediana dos preços ao longo de outubro.

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Faltando quatro semanas para a Black Friday, os preços de alguns dos produtos mais cobiçados na data de descontos aumentaram, segundo levantamento obtido com exclusividade pelo site UOL.

Preços sobem na véspera da Black Friday 2024

Constatação é verificada em levantamento realizado pelo comparador de preços Buscapé. A análise das 12 categorias de produtos mais buscados nesse período mostrou uma variação mediana dos preços ao longo de outubro, com comparações entre as semanas de 7 a 22 do mês de outubro.

Tênis e geladeira registram-se como maiores. Segundo o levantamento, a mediana de preço dos calçados disparou 36,5% (de R$ 318 para R$ 434). Já o eletrodoméstico da linha branca ficou 13,4% mais caro (de R$ 2.979 para R$ 3.377). O ar-condicionado (de R$ 2.486 para R$ 2.650) e o fogão (de R$ 967 para R$ 1.001) também continham mais salgados.

“Embora essa prática seja controversa, alguns varejistas aumentam os preços nas semanas que antecedem a Black Friday para oferecer um ‘desconto’ mais expressivo no dia principal”, diz Francisco Donato, superintendente executivo da Mosaico.

Notebooks e celulares foram as únicas categorias sem alta de preços. Ambos os grupos tiveram reduções medianas na faixa dos 3% no período analisado. Donato avalia que os preços podem subir nas próximas semanas, para que descontos mais expressivos sejam apresentados durante a data. “Notebooks e celulares são produtos de alta demanda e, tradicionalmente, atraem muitos compradores durante a Black Friday”, regularmente.

“Apesar de em 2024 não termos oferecido um aumento de preços desses itens antes da temporada promocional, essa tendência pode se inverter à medida que os dados se aproximam. Câmbio, complexidade logística e alta demanda são fatores que podem impactar a precificação das categorias”, diz Francisco Donato.

A prática é a mesma observada em anos anteriores. Em 2023, por exemplo, o preço das geladeiras saltou mais de 11%, de R$ 1.662 para R$ 1.848, na véspera do evento. Já no ano anterior, as altas mais expressivas atingiram o ar-condicionado (de R$ 1.003 para R$ 1.228) e a cafeteria elétrica (de R$ 91 para R$ 105). Para Lucas Castellani, CEO da Cartpanda, a estratégia perdeu força recentemente.

“Ainda ocorre o aumento de preços antes da Black Friday. É uma prática amplamente criticada e facilmente percebida por consumidores atentos”, acrescenta Lucas Castellani, CEO da Cartpanda.

Atenção redobrada

Pesquisas auxiliam os consumidores a evitar armadilhas. Para evitar a percepção de pagar “a metade do dobro”, Donato orienta que os clientes apostem em ferramentas que produtos acompanham o histórico de preços dos desejados para encontrar descontos reais. “O cliente tende a abandonar a compra ao perceber que o desconto é ilusório”, afirma.

As plataformas de consentimento são aliadas dos compradores

As estratégias para escapar das manobras utilizadas na Black Friday também passam pela verificação do histórico de comportamento dos vendedores em plataformas como Reclame Aqui e Procon. “Para evitar ofertas falsas na internet, os consumidores devem pesquisar e comparar preços em diferentes sites, verificando a recompensa do vendedor por avaliações e feedbacks”, alerta Castellani.

Toda oferta boa demais para ser verdade deve ser provada com cautela, porque pode ser uma armadilha para atrair compradores desavisados. Lucas Castellani, CEO da Cartpanda

Análise dos sites de vendas também é essencial. As recomendações incluem verificar se as plataformas de vendas possuem políticas transparentes para trocas e devoluções e um canal de atendimento ativo e confiável.


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