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Brasil

Servidores do Ministério da Economia ganharam quase R$ 1 milhão com verba extra em 2019

Jetons geraram supersalários na pasta comandada por Paulo Guedes, que, na semana passada, comparou servidores públicos a parasitas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz palestra de encerramento do Seminário de Abertura do Legislativo de 2020

Um grupo de nove servidores do Ministério da Economia, pasta comandada por Paulo Guedes, receberam quase R$ 1 milhão, em 2019, com gratificações. A informação é do UOL, que aponta, ainda, que as verbas extras fizeram com que a maior parte deles recebesse acima do teto constitucional, chegando a R$ 54 mil em um mês.

A reportagem indica que dados do Portal da Transparência mostram o recebimento, no ano passado, de R$ 976 mil em jetons por nove funcionários da pasta. Turbinados pela verba extra, sete servidores do ministério tiveram supersálarios em outubro.

O jeton é pago a funcionários que participam de conselhos de empresas estatais e do sistema “S”. Apesar de ser permitido por lei, vem sendo questionado no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério da Economia justifica que “os conselheiros são selecionados sob critérios rigorosos e sua aprovação corresponde à adequação da qualificação e capacidade de contribuir na missão da gestão pública”.

A publicação da matéria acontece uma semana depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparar funcionários públicos a “parasitas”. O comentário foi feito durante uma fala sobre as reformas administrativas que o governo federal pretende realizar. Na ocasião, Guedes criticou o reajuste anual dos salários dos servidores que, segundo ele, já têm como privilégio a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”. “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, disparou.

O ministro depois se desculpou pela fala. “Me expressei mal e peço desculpas não só aos meus queridos familiares e amigos, mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem eu possa descuidadamente ter ofendido”.

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