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Economia

Sem pesquisa oficial, inflação em Manaus pode ser ainda maior que a média nacional, diz deputado estadual

IBGE, responsável pela pesquisa IPCA, deixa de fora a capital amazonense no estudo de impacto da inflação.

O deputado estadual e economista por formação, Serafim Correa (PSB), informou nesta quarta-feira (12/05) que a inflação em Manaus pode ser maior que nos outros estados brasileiros em razão da elevação dos preços dos produtos na capital.

“Efetivamente os preços em Manaus subiram muito. Quem vai ao supermercado sabe disso. Em Manaus, foi uma alta generalizada. Teve alta para tudo lado. Na farinha, no peixe, na carne, tudo subiu. Creio que a inflação em Manaus é maior que nos outros estados”, disse Serafim.

Ocorre que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não é medido com precisão na capital amazonense em razão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza a pesquisa do IPCA em 16 cidades brasileiras, deixar Manaus de fora, o que deixa o consumidor sem o real cenário da inflação na capital.

Ontem, por exemplo, o IBGE divulgou o resultado da pesquisa com dados do Rio de Janeiro, Aracaju, Campo Grande, Belém, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte, São Paulo, São Luís, Fortaleza, Rio Branco, Curitiba, Vitória, Goiânia e Salvador. O estudo apontou para a maior variação (após alta de 1,62% em março), para um mês de abril desde 1996 (1,26%). Ou seja, em 26 anos, não se registrava a elevação na inflação.

“O IBGE tradicionalmente não pesquisa todas as capitais e sim algumas capitais. E divulga esse índice coo valendo para o Brasil inteiro. Por conta disso, o Conselho Regional de Economia fazia o levantamento da inflação manauara e esse índice era divulgado. Mas a partir de algum tempo, o conselho regional não divulgou mais. Eu não sei a razão pela qual, já que Manaus é a maior capital da região norte, não entra nessa pesquisa (do IBGE)”, comentou Serafim Correa.

De acordo com a assessoria de comunicação do IBGE, o instituto tem expandido paulatinamente a capacidade de pesquisar e retratar a realidade do Brasil. Segundo o órgão, dentro dos recursos que o instituto dispõe, há dois anos foi ampliado de 9 para 16 localidades para a coleta de preços do IPCA, INPC, entre outros. “Hoje, o IBGE faz a coleta de preços nos locais que consegue fazer. O IBGE é o único órgão que tem a coleta mais ampla do país, com coleta semanal, onde se repetem os ciclos, que compõem as informações do IPCA e IPCA 15”, diz o IBGE.

 

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