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Economia

Produção industrial varia -0,4% em setembro frente a agosto, aponta IBGE

Na passagem de agosto para setembro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apontaram redução na produção.

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Em Setembro de 2025, a produção industrial nacional variou -0,4% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2024, na série sem ajuste, houve crescimento de 2,0% O acumulado no ano foi de 1,0% e o dos últimos 12 meses chegou a 1,5%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados nesta terça-feira, 04/11.

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Na passagem de agosto para setembro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apontaram redução na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%), com a primeira interrompendo quatro meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou expansão de 28,2%; a segunda intensificando a queda de 0,4% verificada no mês anterior; e a terceira eliminando parte do crescimento de 3,7% acumulado no período junho-agosto de 2025.

Vale destacar também as contribuições negativas registradas pelos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,9%), de produtos químicos (-0,4%), de produtos diversos (-2,7%) e de outros equipamentos de transporte (-1,9%).

Por outro lado, entre as treze atividades que mostraram avanço na produção, a de produtos alimentícios (1,9%) exerceu o principal impacto na média da indústria, marcando, dessa forma, o terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumulou expansão de 4,4%. Outras influências positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos do fumo (19,5%), de produtos de madeira (5,5%), de produtos de borracha e de material plástico (1,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,0%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (2,3%), de bebidas (1,1%) e de metalurgia (0,5%).

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Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis (-1,4%) mostrou o resultado negativo mais acentuado em setembro de 2025 e interrompeu três meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 1,0%. Os setores produtores de bens intermediários (-0,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também assinalaram recuos nesse mês, com o primeiro interrompendo o comportamento positivo iniciado em fevereiro de 2025, período em que acumulou crescimento de 3,6%; e o segundo voltando a recuar após acumular expansão de 1,2% nos meses de julho e agosto de 2025. Por outro lado, o segmento de bens de capital, ao avançar 0,1%, mostrou a única taxa positiva em setembro de 2025 e interrompeu dois meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 1,9%.

Média móvel trimestral varia 0,1% no trimestre encerrado em setembro

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em setembro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%). Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e bens intermediários (0,2%) assinalaram as taxas positivas em setembro de 2025, com a primeira interrompendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em março de 2025; e a segunda permanecendo com o comportamento positivo iniciado em abril de 2025, período em que acumulou expansão de 2,1%.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital (-0,6%) e de bens de consumo duráveis (-0,3%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro marcando a quinta queda seguida e acumulando nesse período redução de 2,6%; e o segundo voltando a recuar após avançar 0,3% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de perda, período em que acumulou redução de 1,8%.

Frente a setembro de 2024, produção industrial cresce 2,0%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou expansão de 2,0% em setembro de 2025, com resultados positivos em 2 das 4 grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 45 dos 80 grupos e 53,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que setembro de 2025 (22 dias) teve 1 dia útil a mais que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (7,1%) e indústrias extrativas (5,2%) impulsionadas, em grande medida, pela maior produção dos itens sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, carnes de suínos congeladas, frescas ou refrigeradas, açúcar cristal e VHP e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, na primeira; e óleos brutos de petróleo, minérios de ferro em bruto ou beneficiados e gás natural, na segunda.

Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,2%), de celulose, papel e produtos de papel (5,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (12,0%), de impressão e reprodução de gravações (26,0%), de máquinas e equipamentos (4,7%), de produtos têxteis (11,8%), de produtos do fumo (35,0%), de outros equipamentos de transporte (8,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (3,1%).

Por outro lado, ainda na comparação com setembro de 2024, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção dos itens álcool etílico, gasolina automotiva e betume de petróleo. Outros impactos negativos importantes foram assinalados pelos ramos de produtos de metal (-4,0%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,4%) e de produtos de madeira (-9,5%).

Bens intermediários e bens de consumo duráveis apontaram os maiores resultados positivos ante setembro de 2024

O setor produtor de bens intermediários mostrou expansão de 3,4% em setembro de 2025 frente a igual período do ano anterior, sétima taxa positiva consecutiva neste tipo de comparação e a mais elevada desde maio de 2025 (5,3%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (5,2%), de produtos alimentícios (7,0%), de produtos têxteis (15,4%), de celulose, papel e produtos de papel (5,4%), de produtos de borracha e de material plástico (3,3%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,3%) e de produtos químicos (1,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos de metal (-6,5%), produtos de minerais não metálicos (-0,6%), máquinas e equipamentos (-0,5%) e metalurgia (-0,1%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-1,4%), que apontou a quarta taxa negativa consecutiva, mas a menos intensa dessa sequência; e de embalagens (0,6%), que interrompeu dois meses seguidos de queda na produção nesse tipo de comparação.

A produção bens de consumo duráveis, ao crescer 3,3% em setembro de 2025 frente a igual período do ano anterior, interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas: agosto (-3,8%) e julho de 2025 (-2,9%). Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de automóveis (4,4%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (10,6%). Vale destacar também os avanços registrados por motocicletas (16,0%) e pelo grupamento de outros eletrodomésticos (11,1%). Por outro lado, o principal impacto negativo foi assinalado por eletrodomésticos da “linha branca” (-6,2%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens de capital, ao recuar 1,7% em setembro de 2025, assinalou a quarta taxa negativa consecutiva. Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-9,0%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de ônibus, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e reboques e semirreboques. Vale destacar que o grupamento de bens de capital de uso misto (-8,3%) também mostrou resultado negativo nesse mês. Por outro lado, os subsetores de bens de capital agrícolas (13,6%), para fins industriais (3,5%), para energia elétrica (5,4%) e para construção (0,6%) assinalaram os impactos positivos no índice mensal de setembro de 2025.

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 0,8% em setembro de 2025 frente a igual período do ano anterior, sexta taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação, mas a menos elevada dessa sequência. O desempenho negativo nesse mês foi explicado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de carburantes (-17,8%), pressionado pela menor produção de álcool etílico e gasolina automotiva. Por outro lado, os principais impactos positivos foram assinalados pelos subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (5,0%) e de não duráveis (5,1%), impulsionados, em grande parte, pela maior produção de sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos, pães e queijos, no primeiro; e de medicamentos, no segundo. Vale citar também os resultados positivos registrados pelos grupamentos de semiduráveis (2,1%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (0,5%), influenciados, em grande medida, pelos avanços na produção dos itens bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes (de malha ou não), camisetas, calçados para esportes de couro, lâmpadas, vestidos (de malha ou não), calças compridas, discos de vídeos (DVD), lustres e luminárias, artigos do vestuário para uso adulto e calçados de couro, no primeiro; e filés e outras carnes de peixes frescos, refrigerados ou congelados, no segundo.

Acumulado no ano cresce 1,0%

No índice acumulado para janeiro-setembro de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 1,0%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 51,8% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (4,1%), máquinas e equipamentos (6,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%) e produtos químicos (2,4%), impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo, gás natural e minérios de manganês e de cobre e seus concentrados, na primeira; aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, tratores agrícolas, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico de uso manual, máquinas para limpeza e seleção de grãos, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e de pecuária, lingoteiras para fundição, carregadoras-transportadoras, máquinas para colheita e máquinas para perfuração e sondagem usadas na prospecção de petróleo, na segunda; automóveis, autopeças e veículos para o transporte de mercadoria, na terceira; e fungicidas e inseticidas (ambos para uso na agricultura) e herbicidas para plantas, na quarta. Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de produtos têxteis (10,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,3%) e de metalurgia (2,7%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-setembro de 2024, entre as oito atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico.

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os nove meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (4,8%) e de bens intermediários (2,3%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (5,6%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,6%, registrou o recuo mais elevado no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,2%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-setembro de 2025.


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