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Economia

Planos de saúde lideram ranking de queixas de consumidores, segundo pesquisa do Idec

Depois das queixas das operadoras de saúde, aparecem as reclamações sobre serviços financeiros

Após uma queda no levantamento do ano passado, as operadoras de plano de saúde voltaram a liderar o ranking de reclamações de consumidores do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com 24,9% das queixas neste ano. Em 2018, esse percentual estava em 30,2%, no ano seguinte recuou para 23,8%, e em 2020 ficou em 22,6%, sendo desbancado por serviços financeiros.

Neste ano, depois das queixas das operadoras de saúde, aparecem as reclamações sobre serviços financeiros (21,5%), demais serviços (11,9%), problemas com produtos (8,7%) e telecomunicações (8%).

A principal queixa relacionada aos planos de saúde diz respeito aos reajustes abusivos – 27,4% das reclamações envolviam aumento. A maior parte delas dizia respeito aos planos de saúde coletivos, que não são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, os consumidores reclamaram de negativas de cobertura pelos planos de saúde (16,2%) e problemas relacionados à falta de informação (13,1%).

— A mudança de posições entre saúde e serviços financeiros, retomando ao ranking de 2019, demonstra que a situação pandêmica de fato agravou e muito os índices de reclamação de serviços financeiros. Com a retomada dos setores da economia, é possível notar a retomada a uma certa “normalidade” e, com isso, temos a volta de saúde como principal tema demandado — avalia o advogado do Idec, Igor Marchetti.

De acordo com o advogado, outro fator relevante é o aumento proporcional das demandas elencadas como outros.

— Neste caso, temos vários grupos de demandas como turismo, transporte aéreo, energia elétrica, educação etc, o que demonstra a pulverização das demandas de consumo em vários grupos — acrescenta.

Serviços financeiros

Voltando a ocupar o segundo lugar no ranking geral, a categoria de serviços financeiros foi responsável por 21,5% dos registros. Dentro desse segmento, o maior número de reclamações se deve à cobrança indevida (21%), falha de informação (15,8%) e problemas com renegociação de dívidas (13%).

Na terceira colocação, ficaram as dúvidas e as queixas relacionadas a outros tipos de serviços, com 11,9% dos atendimentos. Os problemas mais demandados foram relativos a contratos (17%), seguido por vício de qualidade no serviço prestado (14,5%) e cobrança indevida (13%).

Na sequência, ficaram as dúvidas e as queixas relacionadas a produtos, com 8,7%. Na liderança, ficaram os problemas com ofertas, com 35,5%, seguidos por vício de qualidade, com 33,3%, e falha de informação, com 10%.

Também na mesma posição do ano passado ficaram as dúvidas e as queixas sobre o setor de telecomunicações, com 8%. Dentro deste segmento, em primeiro lugar, com 41,5 %, ficaram os problemas com cobrança indevida, seguidos de prática abusiva (24,4%) e vício de qualidade no serviço (9,8%).

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