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Economia

PIB cresceu 0,9% em janeiro, indica prévia de relatório do Banco Central

Números foram divulgados, nesta segunda-feira, pela autoridade monetária.

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Considerado uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou uma alta de 0,9% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2024, após cair 0,73% em dezembro.

O índice foi divulgado, nesta segunda-feira, pelo Banco Central. O resultado ficou acima das estimativas do mercado, que apontavam um crescimento de 0,22%.

Para o economista sênior da Austin Rating, Alex Agostini, o número surpreendeu, pois era esperado um índice menor, e mostra que a economia continua aquecida, o que “coloca mais combustível” na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne nesta semana. Agostini ressaltou que a Austin já tinha uma projeção de um aumento de juros até 16%.

— O IBC-Br só reforça isso. O Banco Central vai ter que subir o juros de forma mais vigorosa do que se esperava, ou seja, a gente vai retroagir para o nível de 2008, que era 16% — afirmou.

Ele lembrou que o governo tem incentivado o consumo e citou a ampliação do crédito, incluindo o consignado público e, agora, o privado.

— O governo não tirou o pé do acelerador na política fiscal. Temos falado sobre isso há tempos, que é importante o governo contribuir para desacelerar a inflação, mas aparentemente parece que ele quer manter a questão do consumo, do emprego, da renda e ignorar a inflação, que é algo que está pegando muito no bolso dos brasileiros — disse o economista.

Segundo Agostini, se nada for feito para acabar com a inflação, ela vai se tornar um problema estrutural. Essa atitude faz com que o governo bata de frente com o BC.

— Ele está indo no sentido contrário, continua indo no sentido contrário, que é fomentar a atividade para dar notícias de números bons da economia. O problema é que ele não anuncia o pior problema que é a inflação e sempre coloca a culpa em outras coisas, como ovos e café — afirmou.

Juliana Inhasz, economista e professora do Insper, também enfatizou que o IBC-Br veio acima das expectativas. Segundo ela, contribuiu com isso a base de comparação: em dezembro, houve retração do índice, o que amplifica o resultado de janeiro.

— Além disso, janeiro é um mês de maior atividade por conta de arrecadação maior, o que também gera um efeito positivo sobre a mesma — disse a economista.

Apesar da queda em dezembro, o IBC-Br teve uma alta 3,8% em 2024, em comparação ao ano anterior. Foi levemente maior que a previsão de analistas, de 3,7%.

Porém, de acordo com o IBGE, houve um crescimento do PIB do Brasil de 3,4% em relação ao ano anterior, o maior percentual desde 2021. Em reais, a soma de bens de serviços do país foi de R$ 11,7 trilhões.

 


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