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Economia

Pesquisa da Serasa diz que população está fazendo empréstimos para pagar itens básicos

Demanda por crédito cresceu 26,5% em março, com destaque entre aqueles que têm as menores faixas de renda. Veja como evitar o endividamento.

Especialistas sugerem renegociar as dívidas. (Foto: Guito Moreto)

A busca dos consumidores brasileiros por crédito teve alta de 26,5% em março na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados do Indicador de Demanda por Crédito da Serasa Experian revelaram que houve expansão em todas as faixas de renda. O destaque ficou para as pessoas que recebem até R$ 500 mensais, pois registraram o aumento mais expressivo, de 30,9%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o aumento mais expressivo da busca por crédito para aqueles que têm as menores faixas de renda mostra que parte da população está utilizando empréstimos para pagar itens básicos e fechar as contas no fim do mês:

“O crédito não é apenas uma ferramenta para financiar projetos maiores como imóveis ou veículos. Hoje, as pessoas, especialmente as de renda mais baixa, tendem a utilizar o recurso financeiro para custear itens básicos e conseguir fechar as contas no final do mês. Apesar da alta da taxa Selic, o consumo por necessidade ainda deve permanecer no país e as linhas de crédito têm ajudado a suprir esse modelo de gastos”.

Na comparação com um ano atrás, todas as regiões brasileiras mostraram um cenário positivo frente a demanda por crédito. Em ordem decrescente estão: Norte (37,6%), Sul (27,1%), Centro-Oeste (25,9%), Nordeste (25,7%) e Sudeste (25,2%).

Veja como evitar o endividamento

Entenda com o que você está comprometido:
Faça uma lista de todas as contas e parcelas atrasadas, com os respectivos valores. Coloque no topo da lista aquelas que você precisa quitar primeiro, porque são essenciais (contas de água e luz, por exemplo) ou porque custam mais (cartão de crédito e cheque especial).

Organize suas finanças para saber quanto você terá disponível, em cada mês, já incluindo os gastos para pagar os atrasados, considerando as demais despesas que você já possui.

Como negociar com um credor

Você não precisa aceitar a primeira proposta que a empresa fizer. Para facilitar, leve uma lista de perguntas que pode fazer para não deixar passar nada. Algumas delas: Qual o percentual de desconto sobre o total da minha dívida? Se pagar à vista, posso ter um desconto maior? Se parcelar, quanto vou pagar de juros e qual o valor total que irei pagar?

Você pode fazer uma contraposta. Leve documentos que comprovem e mostrem ao credor sua real situação financeira. Avalie se o valor negociado cabe no seu bolso e não assuma compromissos que não possa pagar.

Se ainda ficarem dúvidas, peça que a proposta de negociação seja feita por escrito. Vá para casa, converse com a família.

O que fazer para evitar a inadimplência

Ao fechar o acordo, não conte com dinheiro incerto, que pode ou não entrar. Tenha sempre um plano B. O importante é cumprir os prazos de pagamentos até o final. Quando quitar ou pagar a primeira parcela da renegociação da dívida, seu nome deverá ser retirado da lista de inadimplentes em até cinco dias.

Para garantir que não tenha mais dívidas negativadas em seu nome, equilibre seus ganhos e gastos mensais. Faça uma planilha com as receitas e despesas e envolva toda a família nesse controle e no esforço para economizar.

Pense duas vezes antes de assumir novas dívidas. Avalie se precisa mesmo comprar e se for realmente uma necessidade, lembre-se da experiência e aprenda com ela. Procure fazer diferente dali em diante, poupando para comprar à vista ou de forma planejada, para não se enrolar novamente.

A informação é do site Extra.

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