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Economia

Pesquisa aponta que 66% dos consumidores desistem de consertar aparelhos eletrônicos devido a custos elevados

O levantamento apontou que o valor médio para consertar um produto no Brasil é de R$ 280.

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Dois em cada três consumidores (66%) já desistiram de realizar um conserto nesse de aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos por causa dos altos custos, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

Cerca de 90% dos 500 entrevistados nos estados do Rio e São Paulo se depararam com valores elevados ao levarem aparelhos para a assistência técnica. O levantamento apontou que o valor médio para consertar um produto no Brasil é de R$ 280. Os custos passaram de R$ 500 para 14% dos consumidores.

Celular é o item com mais pedidos de consertos: 76% dos clientes optam por substituir o aparelho ao invés de repará-lo devido a problemas simples, como aparelhos antigos ou com problemas gerais (18%), baixa duração de bateria (10%), lentidão (8%) e até tela quebrada (2%).

Na lista dos produtos mais levados para assistência técnica também estão os computadores (32%) e os televisores (18%).

Na hora da troca, o principal desafio é a distância das assistências técnicas. O problema foi apontado por 63% dos entrevistados, especialmente entre os que moram longe das áreas urbanas centrais. A falta de peças de reposição, especialmente para produtos como celulares, é uma questão para 31% dos participantes da pesquisa.

Projeto de direito ao conserto

Diante dessa realidade, a Proteste propôs a inclusão do “direito à reparabilidade” no Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma iniciativa que já ganhou força no Projeto de Lei 805/2024, apresentado pelo senador Ciro Nogueira.

O projeto visa a obrigar fabricantes a dispor de peças de reposição e manuais técnicos e criar plataformas digitais com informações sobre reparos, incluindo localização de oficinas e custos, além de permitir o registro de oficinas independentes e revendedores de produtos recondicionados.

Essas medidas combatem práticas como o parts pairing, em que peças de reposição são vinculadas exclusivamente aos fabricantes, dificultando reparos em estabelecimentos independentes.

 


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