Conecte-se conosco

Economia

Parcela de brasileiros na pobreza caiu de 28% para 25% no ano passado, diz estudo da FGV

Estudo do economista Marcelo Neri mostra que a distribuição de renda melhorou, com mercado de trabalho menos desigual.

parcela-de-brasileiros-na-pobr

A parcela da população brasileira que está na pobreza caiu forte no ano passado, segundo estudo do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social e especialista em pobreza e desigualdade. A taxa recuou de 28,01% em 2023 para 25,36% em 2024. Desde 2022, a pobreza já caiu 21%.

A diferença em 2024, segundo Neri, está na composição da queda da pobreza. Em 2023, ela foi sustentada pelos programas sociais, como o Bolsa Família, que aumentou 44% naquele ano, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC, para pessoas com 65 anos ou mais e com deficiência de baixa renda), que subiu 22,3%.

Já no ano passado, o mercado de trabalho foi o responsável pela queda no indicador, já que a expansão forte dos programas sociais aconteceu em 2023.

— Ainda não temos dados abertos da composição da renda familiar, mas a renda geral da população cresceu 4,7%, e a do trabalho, 7,1%. Isso mostra que a redução da pobreza foi puxada pelo mercado de trabalho — explica Neri.

A linha de pobreza usada pelo economista é de rendimento domiciliar per capita, de R$ 666.

A desigualdade também caiu no ano passado, em um comportamento diferente do de 2023, quando a distribuição ficou praticamente parada. A renda do trabalho dos 50% mais pobres subiu 10,7% no quarto trimestre de 2024 frente ao mesmo período de 2023, enquanto a renda média subiu 7,08%. Entre os 10% mais ricos, a alta foi de 6,73%.

— O mercado de trabalho prosperou mais e a desigualdade caiu, em geral e em particular no mercado de trabalho — afirma Neri.

O desemprego caiu mais entre os 50% mais pobres, e o salário-hora também. Outro indicador citado por Neri é a distribuição de renda nos estados. Em 20 dos 27, a desigualdade no trabalho caiu:

— No Nordeste, a alta do rendimento foi de 13,06%.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

8 + 8 =