Economia
Manaus volta a ter cesta básica avaliada pelo Dieese: custo caiu 0,07% e foi a 11ª mais barata entre as capitais, em julho
Essa é a primeira vez que a pesquisa engloba todas as 26 capitais e o Distrito Federal. Até então, o levantamento era feito apenas em 17 capitais.

A cesta básica de alimentos em Manaus foi a 11ª mais barata entre as capitais, em julho, com queda de 0,07% e custo de R$ 674,78, ou 48,06% do valor salário mínimo e 97h47m de tempo de trabalho, de acordo com análise Do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa é a primeira vez que a pesquisa engloba todas as 26 capitais e o Distrito Federal. Até então, o levantamento era feito apenas em 17 capitais.
O custo da cesta básica de alimentos caiu em julho em 15 capitais brasileiras, enquanto em outras 12 houve um aumento, de acordo com a análise do Dieese . A queda no custo da alimentação básica foi impulsionada principalmente pelo recuo nos preços do arroz, carne bovina, açúcar e feijão.
Apesar da diminuição em várias cidades, São Paulo se mantém como a capital com a cesta básica mais cara, de R$ 865,90.
Outras capitais com custos elevados incluem Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48), informa a Conab, em nota.
Em contraste, as cidades do Norte e Nordeste mostraram os menores preços médios para a cesta básica. Aracaju foi a capital com o custo mais baixo, R$ 568,52, seguida por Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
Essa diferença nos custos alimentares reflete as disparidades econômicas entre as regiões do País.
Entre junho e julho de 2025, o preço do quilo da batata, coletado na região Centro-Sul, diminuiu em todas as 11 cidades. As quedas variaram entre -35,51%, no Rio de Janeiro, e – 16,35%, em São Paulo. A oferta elevada de batatas, devido à colheita da safra de inverno em várias praças, reduziu o preço no varejo.
O preço do quilo do arroz caiu em quase todas as cidades, exceto em Recife (0,65%). Destacam-se as variações registradas em Porto Velho, -7,15%; Palmas, -5,29% e Florianópolis, -5,04%. O volume de arroz importado superou o exportado. Entretanto, os preços oscilaram: em algumas regiões com maior oferta, houve reduções; em outras, com disponibilidade limitada, as cotações se elevaram.
O preço do feijão foi menor em 24 capitais, entre junho de 2025 e julho de 2025. O grão preto, pesquisado nos municípios do Sul, Rio de Janeiro e Vitória, apresentou queda nessas cinco cidades, as mais expressivas verificadas em Vitória (-6,94%) e Florianópolis (-5,23%). Para o grão carioca, coletado nas demais capitais, foram observadas altas apenas em três localidades: Porto Velho (0,68%), Maceió (0,48%) e São Luís (0,33%).
Já as diminuições variaram entre -4,33%, em Fortaleza, e -0,28%, em Aracaju. O excesso de oferta de grãos, devido aos resultados da colheita de 2024/2025, reduziu os preços no varejo. O valor do quilo do café em pó caiu em 21 das 27 cidades pesquisadas, entre junho e julho de 2025.
As quedas mais significativas foram registradas em Belo Horizonte (-8,17%) e Teresina (-3,99%). Só seis cidades apresentaram aumento no valor médio, com destaque para Macapá (7,00%), Cuiabá (1,34%) e Boa Vista (1,12%).
preço da carne bovina de primeira teve comportamento variado nas 27 cidades analisadas: houve aumento em 11 capitais, com destaque para Boa Vista (2,08%) e Salvador (1,80%). Foram registradas quedas em outros 16 municípios, a mais importante em Belém (- 2,91%). Ao longo de 2025, a demanda externa por carne bovina tem sido intensa.
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