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Economia

IPVA, material escolar e IPTU: como organizar o orçamento no início do ano

Educadores financeiros explicam como se planejar para pagar despesas sazonais, além de manter a ‘saúde’ das finanças.

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Todo começo de ano traz uma série de contas a serem pagas. Após as festas e o período de descanso, é hora de lidar com o pagamento do IPTU, IPVA, materiais escolares e outras despesas. Para evitar dívidas e as dificuldades que elas podem causar nos meses seguintes, é essencial ter organização e investir em educação financeira, defendem especialistas em finanças.

“O primeiro passo é colocar na ponta do lápis todas as contas familiares. Já no começo de janeiro, alguns gastos ‘extras’ vão chegar, como IPVA, IPTU, material escolar para quem tem filhos, fatura do cartão de crédito pós-festas, além dos demais boletos já comuns. É fundamental detalhar todas as suas despesas para entender o valor que de fato deve sair da conta no início do ano”, aconselha o educador financeiro do Sicoob, Eduardo Souza Trigueiro.

Trigueiro, que é autor do livro “Cresça e Enriqueça”, frisa que o ideal é que o planejamento seja sempre feito no ano anterior: “É fundamental economizar nos meses anteriores e não deixar para se preocupar de última hora, quando não será mais possível fazer um planejamento adequado. Todavia, se isso não foi planejado, oriento não gastar o dinheiro do 13º salário e utilizá-lo para criar uma reserva emergencial ou pagar as despesas típicas do início do ano.”

Uma dica que promete facilitar o pagamento dessas contas é dividi-las em parcelas mensais, cujo total poupado resulte no valor a ser pago no ano seguinte, sugere a CEO da Holding SM, Thamiris Abdala. “Planejamento financeiro é um hábito contínuo. Estabeleça metas, aprenda sobre investimentos e comece pequeno. Guardar R$ 50 por mês já cria disciplina e traz resultados a longo prazo”, orienta.

É o que faz o cabeleireiro Eduard Fernandes. Segundo o empresário, ele começa a separar um valor em março do ano anterior para o pagamento de tributos como IPVA e IPTU. “Separo uma porcentagem para pagar em cota única e aproveitar o desconto. Já com relação a quanto junto, me baseio sempre no valor do ano anterior, e quando chega novembro, já tenho esse valor reservado”, explica.

Cuidado com compras por impulso

Os especialistas também alertam que comprar de maneira impulsiva pode causar um rombo no orçamento e pedem cautela. “É preciso ter cuidado e observar o que realmente faz sentido. Muitas lojas se aproveitam desse período para estimular o consumidor a comprar por impulso, o que nunca é um bom negócio. Para evitar essa armadilha, é necessário manter o foco nas compras realmente necessárias e planejadas”, reforça Trigueiro.

Já Araújo destaca o papel das emoções na hora da compra. “A maioria das compras ocorre por gatilhos emocionais. Passe uma semana analisando se você realmente precisa de tal item. Assim, é possível racionalizar e adquirir consciência sobre a necessidade daquela compra. Com exceção de produtos alimentícios e medicamentos, as outras coisas podem esperar”, aconselha.

Araújo também orienta que o consumidor anote todas as suas despesas. “A melhor ferramenta é adquirir consciência sobre a sua vida financeira. Dessa forma, percebemos que existem despesas desnecessárias que podem ser cortadas, permitindo sobrar dinheiro para investir e alcançar a independência financeira”, diz.

Reajuste de matrícula escolar

No ano letivo de 2025, escolas particulares brasileiras devem reajustar o valor das mensalidades entre 8% e 10%, apontou um levantamento do Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições de ensino. O patamar é o dobro da inflação prevista pelo Banco Central para o fim deste ano, de 4,3%. No Rio de Janeiro, a alta deve ser de 9%. A pesquisa ouviu 680 escolas particulares de todas as regiões.

Material escolar

De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE), neste ano o custo do material escolar deve subir entre 5% e 9%. Ainda segundo a entidade, o aumentos se dá principalmente por conta de fatores como inflação anual e elevação nos custos de produção, além dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar.

Ferramentas ou aplicativos para monitorar gastos

Nibo: permite registrar receitas, despesas e acompanhar categorias de gastos.
Minhas Economias: gratuito e completo para planejamento financeiro.
Excel ou Google Sheets: use planilhas personalizadas para registrar gastos e planejar orçamentos.
Sicoob: plataforma que dispõe de educadores financeiros que prestam consultorias gratuitas sobre finanças. Além disso, oferece de graça o curso ‘Finanças Pessoais’.


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