Economia
IPCA: preços sobem 0,56% em março, maior patamar para o mês em 22 anos
Grupo de Alimentação e bebidas subiu 1,17% e foi o responsável pelo maior impacto no índice. No acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,48%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,56% em março, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pressionado por alimentos, esse foi o maior patamar do IPCA para um mês de março desde 2003, há 22 anos, quando os preços subiram 0,71%.
O resultado, porém, representa uma desaceleração da inflação em relação a fevereiro, quando a alta foi de 1,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%.
Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,48%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%.
A inflação de março veio totalmente em linha com as expectativas do mercado financeiro, que esperavam exatamente essa alta de 0,56% nos preços.
Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta nos preços no mês, com destaque para Alimentação e bebidas, que subiu 1,17% e foi o responsável pelo maior impacto (0,25 p.p.) no índice, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%).
Com a forte alta desses itens, o índice de difusão do IPCA de março foi de 61%, o mesmo observado em fevereiro, e uma redução em relação à janeiro. Esse índice mostra quanto a inflação está espalhada ou concentrada em determinados itens — e uma redução demonstra que a pressão inflacionária foi mais concentrada que no período anterior.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em março
- Alimentação e bebidas: 1,17%;
- Habitação: 0,24%;
- Artigos de residência: 0,13%;
- Vestuário: 0,59%;
- Transportes: 0,46%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,43%;
- Despesas pessoais: 0,70%;
- Educação: 0,10%;
- Comunicação: 0,24%.
INPC fica em 0,51%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, teve alta de 0,51%. Em fevereiro, o índice subiu 1,48%.
Assim, o INPC acumulou uma alta de 5,20% nos 12 meses até março de 2025.
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