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Economia

Faturamento do setor eletrônico fecha 2025 com crescimento real de 4%

O resultado, no entanto, poderia ter sido melhor se, junto com o aumento de demanda por produtos mais avançados, houvesse também crescimento no volume das vendas

Mesmo com todos os problemas enfrentados pela economia em 2025, a indústria elétrica e eletrônica encerra o exercício com faturamento de R$ 270,8 bilhões, aumento de 4% em relação a 2024 em termos reais – ou seja, descontada a inflação de 4,5% projetada com base no Índice de Preços ao Produtor (IPP).

Presidente da Abinee, associação que congrega as indústrias de equipamentos elétricos e eletrônicos, Humberto Barbato considera importante destacar que, além da inflação do setor, o acréscimo no faturamento foi influenciado pela mudança no perfil de consumo de bens de informática e telefones celulares.

“O consumo está mais direcionado para equipamentos com mais recursos, mais tecnologia e, portanto, com preços mais elevados”, disse ele, durante entrevista coletiva.

O resultado, no entanto, poderia ter sido melhor se, junto com o aumento de demanda por produtos mais avançados, houvesse também crescimento no volume das vendas.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compilados pela Abinee, a produção industrial do setor elétrico e eletrônico deve encerrar 2025 com uma queda de 1,4% em relação ao ano anterior.

Essa queda agregada da produção, de acordo com Barbato, está composta por um recuo de 0,8% na área elétrica e de 2% no segmento de eletrônicos. A utilização da capacidade instalada (Nuci) do setor permaneceu estável em 78%.

Ainda assim, os indicadores de emprego e investimentos apresentaram alta em 2025. O número de empregados no setor eletroeletrônico cresceu 1%, encerrando o ano com 288 mil trabalhadores, 3,5 mil vagas a mais que no final de 2024, e os investimentos tiveram aumento de 9%, passando de R$ 4,3 bilhões em 2024 para R$ 4,7 bilhões em 2025. “O ano surpreendeu positivamente, mesmo diante de um cenário desafiador”, afirma Barbato. “O crescimento no faturamento pode ser explicado pela mudança no perfil de consumidor que tem buscado produtos mais sofisticados e novas tecnologias”, disse.

Segundo ele, áreas estratégicas como data centers e inteligência artificial também têm impulsionado investimentos e ampliado a demanda por tecnologia de ponta no País.

As informações são do O Dia


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