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Economia

Especialista diz que greve dos auditores fiscais pode gerar caos econômico se prolongada

Paralisação, iniciada em novembro, impede entrada e saída de mercadorias do país, com impacto no comércio internacional

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde o dia 26 de novembro, auditores fiscais da Receita Federal estão em greve, motivados pela falta de reajuste salarial e pela ausência de negociação com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) – de acordo com a categoria. E a paralisação está gerando sérias consequências para a economia brasileira. A falta de uma previsão para o seu término pode ainda intensificar os danos.

O especialista em comércio exterior Jackson Campos alerta que, caso a greve continue até 2025, os impactos podem ser catastróficos.

– A paralisação está travando a liberação de mercadorias que necessitam de vistoria, o que está causando um represamento nas importações e exportações. Produtos essenciais e matérias-primas estão retidos, aguardando a fiscalização, o que pode resultar em desabastecimento no mercado interno.

Efeito dominó

 

Com a retenção das mercadorias, os armazéns de portos e aeroportos estão se tornando incapazes de receber novos produtos, o que gera uma sobrecarga nas infraestruturas logísticas.

Campos explica que a situação gera um efeito dominó.

– Com a superlotação nos armazéns, o espaço para novas mercadorias fica escasso, provocando filas de navios aguardando para descarregar. Isso aumenta os custos para os importadores, que terão que arcar com os dias extras que as cargas ficam ‘em trânsito’.

O Aeroporto de Guarulhos, um dos mais movimentados do país, recentemente enfrentou problemas de falta de espaço para armazenar as cargas aéreas. Nos portos, a situação não é diferente: a falta de infraestrutura e a sobrecarga dos terminais logísticos agravaram a situação, alerta Campos.

Desabastecimento

 

Além das dificuldades no transporte de mercadorias, a paralisação pode afetar o abastecimento interno de produtos importados, como eletrônicos, medicamentos e componentes industriais essenciais.

Para os exportadores, o cenário não é melhor, já que suas cargas também ficam paradas aguardando fiscalização.

Acordos comerciais

 

A greve também pode colocar em risco acordos comerciais internacionais, especialmente com países com os quais o Brasil recentemente firmou novos compromissos, como China e União Europeia.

Para Campos, a paralisação pode prejudicar as relações externas do Brasil, uma vez que compromete a capacidade do país de cumprir suas obrigações comerciais.

As informações são do Extra.

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