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Economia

Economia brasileira desacelera e PIB cresce 0,4% no 2º trimestre, mostram dados do IBGE

Alta foi registrada em relação ao trimestre anterior; atividade econômica movimentou R$ 3,2 trilhões no período.

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A economia brasileira enfraqueceu no 2º trimestre de 2025. O PIB (Produto Interno Bruto) teve um crescimento de 0,4% em relação ao 1º trimestre, na comparação com ajuste sazonal. Havia registrado alta de 1,3% no trimestre anterior. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 2ª feira (1º.set.2025). Os analistas do mercado financeiro esperavam números mais fracos da atividade econômica.

A mediana das projeções era de uma alta de 0,3% no 2º trimestre ante o 1º trimestre, segundo projeções obtidas pelo site Poder360.

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Em valores, a economia brasileira movimentou R$ 3,2 trilhões no 2º trimestre, segundo o IBGE. O desaquecimento da economia está relacionado, entre outros fatores, ao menor impacto do agronegócio e à restrição monetária implementada pelo BC (Banco Central).

A autoridade monetária encerrou em junho deste ano um ciclo de aumento de 4,5 pontos percentuais da taxa básica de juros, a Selic. O patamar subiu para 15% ao ano e retomou o maior nível desde 2006.

O resultado oficial da atividade econômica se assemelha ao informado pelo Banco Central. Considerado a prévia do PIB, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) da autoridade monetária subiu 0,3% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre, na série com ajuste sazonal.

A FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou, em 18 de agosto, que a economia brasileira teve alta de 0,5% no mesmo período, segundo o índice Monitor do PIB.

Com a projeção de um desempenho fraco da atividade econômica no 2º semestre, a equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima um crescimento de 2,5% do PIB em 2025. O BC (Banco Central) espera uma alta de 2,1% no ano.

Os agentes do mercado financeiro estimam uma expansão de 2,19%. O PIB subiu 0,4% no 2º trimestre ante o 1º trimestre puxado pelo setor de serviços, com alta de 0,6%. Entre as atividades que tiveram destaque foram:

atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (+2,1%);
informação e comunicação (+1,2%);
transporte, armazenagem e correio (+1,0%);
outras atividades de serviços (0,7%);
atividades imobiliárias (0,3%).

Houve estabilidade no comércio (0,0%) e queda de 0,4% na administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social.

A indústria teve alta de 0,5% no 2º trimestre ante o 1º trimestre. O desempenho positivo se deve, principalmente, às indústrias extrativas, que subiram 5,4% no período.

Do lado negativo, os destaques são:
eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-2,7%);
indústrias de Transformação (-0,5%);
Construção (-0,2%).

A agropecuária teve queda de 0,1% no 2º trimestre em comparação com o trimestre anterior. Do lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5% no período. O consumo do governo teve queda de 0,6%.

A FBCF (formação bruta de capital fixo) recuou 2,2%. No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 0,7%, enquanto as importações caíram 2,9%.

Investimento e poupança

A taxa de investimento do Brasil totalizou 16,8% do PIB no 2º trimestre. Ficou acima do registrado no mesmo período do ano passado (16,6%). Já a taxa de poupança foi de 16,8%, ante 16,2% do 2º trimestre de 2024.

PIB anualizado

Mesmo com o enfraquecimento do PIB (Produto Interno Bruto) no 2º trimestre de 2025, a economia brasileira mantém uma expansão superior a 3% no acumulado de 1 ano. A taxa anualizada foi de 3,2% no 2º trimestre ante 3,5% do trimestre anterior. Foi o 4º trimestre consecutivo em que a taxa anualizada do PIB fica acima de 3%.

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Comparação anual do PIB

A economia brasileira avançou 2,2% no 2º trimestre em relação ao mesmo período de 2024, na série sem ajuste sazonal. Neste intervalo de comparação, a agropecuária avançou 10,1%, os serviços tiveram alta de 2,0% e a indústria subiu 1,1%.

O consumo das famílias cresce 1,8% no 2º trimestre ante o mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, o aumento da massa salarial, das transferências governamentais de renda às famílias e do crédito contribuiu para a expansão no período.

O consumo do governo teve alta de 0,4% no 2º trimestre em relação ao 2º trimestre de 2024.

PIB 

O Produto Interno Bruto representa o valor agregado de bens e serviços finais produzidos em determinado período. É um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia. O resultado oficial é calculado de duas formas pelo IBGE:

– pela ótica da oferta, que considera tudo o que foi produzido no país;
– pela ótica da demanda, que considera tudo o que foi consumido.

Pelo lado da oferta, são considerados:

a indústria;
os serviços;
a agropecuária.

Já pelo lado da demanda, são considerados:

o consumo das famílias;
o consumo do governo;
os investimentos;
as exportações menos as importações.

O resultado é apresentado trimestralmente pelo IBGE, que tem até 90 dias depois do fechamento de um período para fazer a divulgação. Os dados consolidados, entretanto, ficam prontos só depois de 2 anos.


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