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Economia

Dólar comercial fecha acima de R$ 5,50 em maior valor em três meses

A bolsa de valores caiu mais de 1%, depois de o Federal Reserve (Fed – o Banco Central norte-americano) citar preocupações com os casos crescentes de coronavírus e turbulência política no Brasil.

Em mais um dia de turbulências no mercado financeiro, o dólar voltou a ser vendido acima de R$ 5,50. A bolsa de valores caiu mais de 1%, depois de o Federal Reserve (Fed – o Banco Central norte-americano) citar preocupações com o Brasil. As informações são da Reuters, com publicação pela Agência Brasil.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (19) vendido a R$ 5,531, com alta de R$ 0,062 (+1,13%). A divisa está no maior valor desde 22 de maio, quando tinha fechado em R$ 5,574. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), caiu 1,19% e fechou aos 100.854 pontos.

A cotação do dólar chegou a operar em queda durante a manhã, mas reverteu o movimento por volta das 11h. A alta se intensificou no meio da tarde, depois da divulgação da ata da última reunião do Fed, que mencionou o Brasil. No texto, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc) citou que o dólar está caindo diante das principais moedas do mundo, com queda de 3% em relação ao euro no último mês. Em contrapartida, a moeda norte-americana continua subindo em relação ao real.

“Em contraste, o real brasileiro desvalorizou cerca de 5% em relação ao dólar, em meio a continuação dos cortes nas taxas de juros pelo Banco Central do Brasil, casos crescentes de coronavírus e turbulência política no Brasil”, destacou o documento do Fed.

Para acalmar o mercado, o Banco Central leiloou US$ 500 milhões em contratos novos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

Cenário externo

A ata do Fed também influenciou o mercado internacional. O Banco Central norte-americano mostrou preocupação com as incertezas em torno da recuperação da economia dos EUA dada a evolução da pandemia de Covid-19. No documento, o Fed descartou medidas como o controle da curva de juros e admitiu avaliar a manutenção de medidas agressivas de estímulo.


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