Economia
Cesta de 12 produtos básicos da Associação Brasileira de Supermercados sobe 14,22% em 2024; Região Norte tem a menor variação: 9,94%
A variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo fechou 2024 em alta de 9,96% na média nacional ; No Norte, a alta foi de 8,62%, com preços indo de R$ 792,74 para R$ 861,10.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou que a cesta de alimentos básicos com 12 produtos teve alta de 14,22%, passando de R$ 302,24 em dezembro de 2023 para R$ 345,23 em dezembro de 2024, na média nacional. E que, na análise por região, a maior alta veio do Sudeste (+17,05%), Centro-Oeste (+15,76%), Nordeste (+12,15%), Sul (+12,04%), Norte (+9,94%).
As maiores altas no ano foram registradas na carne bovina – cortes do dianteiro (+25,25%), café torrado e moído (+39,60%), óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%).
As demais variações ao longo do ano foram: queijo muçarela (+3,75%), margarina cremosa (-5,24%), farinha de trigo (-2,75%), farinha de mandioca (-1,77%), massa sêmola de espaguete (-0,15%).
Para comprar a cesta de alimentos básicos, em dezembro do ano passado, era necessário desembolsar, em média, no País, R$ 345,23. No mesmo período de 2023, o custo era de R$ 302,24.
Dentre os itens, o café torrado foi o que registrou maior alta nos últimos 12 meses, com 39,6%, seguido pelo óleo de soja (29,22%), leite longa vida (18,83%) e arroz (8,24%).
A Associação aponta que a pressão inflacionária é maior no grupo de alimentos básicos. Este ano deve continuar a registrar crescimento nos preços, sendo estimado que entre dezembro e janeiro, a cesta básica tenha alta de 1,1%.
O grupo de proteínas de origem animal também registrou aumento de preços, refletindo os efeitos da defasagem do câmbio, aumento das exportações e alta demanda no mercado interno.
A carne bovina foi a mais afetada pelo aumento, com alta de 22,65% em 2024. O pernil suíno também avançou 20,5% em 12 meses e o frango congelado 8,26%.
Na outra ponta, ovos tiveram queda de 4,53% no preço. A cesta de vegetais, composta de frutas, legumes e verduras, registrou queda de 1,03% no período de 12 meses.
Marcio Milan, presidente da Abras, aponta que o aumento no dólar será fator que deve influenciar no consumo este ano.
“A indústria já sinalizou que realizará repasses, principalmente as que possuem insumos cotados em dólar. A Selic também será um fator, já que impacta o crédito, causando queda no consumo, com consumidores priorizando itens essenciais ou em promoção”.
Apesar da alta nos preços, o consumo dos lares cresceu em 2,5% em 2024.
A pesquisa aponta que o aumento na empregabilidade, aumento real da renda e a injeção de recursos como 13º e Bolsa Família ajudaram para esse cenário.
“O aumento do emprego e da renda resultou em maior consumo das famílias, com destaque para a forte aceleração a partir de novembro, impulsionada pela entrada dos recursos do 13º salário na economia”, afirma Milan.
35 produtos
O AbrasMercado – indicador que mede a variação de preços da cesta de 35 produtos de largo consumo – fechou 2024 em alta de 9,96%. Os preços passaram de R$ 722,57 em dezembro de 2023 para R$ 794,56 em dezembro de 2024, na média nacional.
No último trimestre, fatores climáticos, aumento das exportações de carnes e a demanda interna mais aquecida elevaram os preços da cesta de proteína. As maiores altas no ano foram registradas na carne bovina – cortes do dianteiro (+25,25%) e do traseiro (+20,05%). As demais variações foram: pernil (+20,05%) e frango congelado (+8,26%). A menor variação ao longo do ano foi registrada nos preços dos ovos (-4,53%).
Entre os produtos básicos, a principal variação foi observada no café torrado e moído (+39,60%), seguido por óleo de soja (+29,22%), leite longa vida (+18,83%), arroz (+8,24%). Já as quedas foram puxadas pelo feijão (-8,58%) e açúcar refinado (-0,41%).
Os preços dos hortifrutigranjeiros registraram deflação no ano: cebola (-35,31%), tomate (-25,87%), batata (-12,54%).
Na categoria de higiene e beleza a maior variação veio do xampu (+5,79%), seguida de creme dental (+3,07%). As quedas foram registradas em sabonete (-2,80%) e papel higiênico (-1,53%). Entre os produtos de limpeza, as altas foram puxadas por desinfetante (+1,61%) e água sanitária (+0,33%). Já as quedas foram: sabão em pó (-3,86%) e detergente líquido para louças (-0,28%).
A maior variação acumulada em 12 meses foi registrada no Centro- Oeste, com alta de 11,25%, elevando os preços de R$ 680,64 em dezembro de 2023 para R$ 757,23 no mesmo mês de 2024. No Sudeste, o aumento foi de 10,70%, passando de R$ 732,67 para R$ 811,09. O Nordeste apresentou variação de 8,66%, com valores subindo de R$ 649,80 para R$ 706,06. No Norte, a alta foi de 8,62%, com preços indo de R$ 792,74 para R$ 861,10. Já no Sul, a variação foi de 7,08%, onde os preços passaram de R$ 808,92 para R$ 866,17.
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