Conecte-se conosco

Economia

Cesta básica de alimentos em Manaus tem redução de 2,6% e custou R$ 657,22 em agosto, aponta pesquisa do Dieese

O trabalhador, em Manaus, precisou comprometer, em agosto de 2025, 46,81% do salário mínimo para adquirir a cesta.

cesta-basica-de-alimentos-em-m

O custo dos alimentos básicos diminuiu 2,6% em Manaus, em agosto, ficando entre as 10 mais baratas do brasil, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Conab.
Em agosto de 2025, o preço da cesta básica de Manaus custou R$ 657,22. No último quadrimestre, entre abril e agosto de 2025, a cesta diminuiu -2,17%.

Entre julho e agosto de 2025, nove dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram diminuição nos preços médios: tomate (-8,59%), açúcar cristal (-5,84%), banana (-4,82%), arroz agulhinha (-4,74%), café em pó (-2,59%), leite integral (-2,11%), feijão carioca (-1,43%), manteiga (-0,16%) e pão francês (-0,14%). O preço da farinha de mandioca não variou; e, outros dois produtos mostraram variação positiva: óleo de soja (0,83%) e carne bovina de primeira (0,69%).

Em Manaus, no último quadrimestre, entre abril e agosto de 2025, cinco dos 12 produtos acumularam alta: carne bovina de primeira (4,42%), café em pó (2,28%), manteiga (2,00%), pão francês (1,02%) e leite integral (0,43%). Outros sete produtos tiveram variações negativas: arroz agulhinha (-13,84%), tomate (-10,45%), açúcar cristal (-8,85%), farinha de mandioca (-6,32%), banana (-5,06%), feijão carioca (-4,38%) e óleo de soja (-0,93%).

Em agosto de 2025, o trabalhador de Manaus remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 95 horas e 15 minutos para adquirir a cesta básica. Em julho de 2025, o tempo de trabalho necessário havia sido de 97 horas e 47 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em agosto de 2025, 46,81% da renda para adquirir a cesta. Em julho de 2025, esse percentual correspondeu a 48,06% da renda líquida.

Brasil

O custo diminuiu em 24 das 27 capitais brasileiras pesquisadas. As reduções mais expressivas foram registradas em capitais do Nordeste, com destaque para Maceió (-4,10%), Recife (-4,02%), João Pessoa (-4,00%), Natal (-3,73%), Vitória (-3,12%) e São Luís (-3,06%).

Em Manaus, Manaus o custo da cesta básica foi de R$ 657,22, o que significa 46,81% do salário mínimo e 95h15m de tempo de trabalho. São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo R$ 850,84), seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622,00).

Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, nas 17 capitais onde é possível comparar os valores da cesta nesse período, os preços aumentaram, com variações entre 3,37%, em Belém, e 18,01%, em Recife.

No acumulado no ano, entre dezembro de 2024 e agosto de 2025, entre as mesmas 17 capitais, 13 cidades tiveram alta e quatro apresentaram queda. As maiores elevações ocorreram em Fortaleza (7,32%), Recife (6,93%) e Salvador (5,54%). As capitais com variação negativa foram Goiânia (-1,85%), Brasília (-0,55%), Vitória (-0,53%) e Campo Grande (-0,20%).

Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em agosto de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.147,91 ou 4,71 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em julho, o valor necessário era de R$ 7.274,43 e correspondeu a 4,79 vezes o piso mínimo. Em agosto de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.606,13 ou 4,68 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.

Em agosto de 2025, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica nas 27 capitais pesquisadas foi de 101 horas e 31 minutos, menor do que o registrado em julho, quando ficou em 103 horas e 40 minutos. Já em agosto de 2024, considerando as 17 capitais com série histórica completa, a jornada média foi de 102 horas e 08 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verificou-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, nas 27 capitais pesquisadas em agosto de 2025, 49,89% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em julho, 50,94% da renda líquida.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

sete − quatro =