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Economia

Barril de petróleo supera US$ 130 e gás na Europa tem alta de 79%; bolsas europeias caem

Após bater cotação máxima de US$ 139, barril do tipo brent recua para US$ 125.

Poço de petróleo na Rússia. (Foto:Andrey Rudakov Bloomberg)

Os preços do petróleo operam em forte alta, a cotação do gás disparou na Europa e as Bolsas de Valores europeias e asiáticas operam em queda diante de o temor de uma escalada nas sanções ocidentais à Rússia pela invasão da Ucrânia. O barril do tipo brent chegou a US$ 139 na madrugada desta segunda-feira, um recorde.

Os Estados Unidos informaram no domingo que estão negociando com a Europa um bloqueio ao petróleo russo. A compra de petroleo e gás da Rússia não foi alvo das sanções iniciais justamente pelas consequências que tal medida teria nos preços internacionais.

Após bater na cotação máxima de US$ 139 na madrugada, o barril do petróleo Brent, referência internacional, apresentava alta de 6,13%, sendo cotado a US$ 125,35 na manhã desta segunda-feira. Já o petróleo leve americano, referência nos EUA, subia 6,03%, para US$ 122,66.

Na Europa, os preços de referência do gás saltaram 79%, para 345 euros por megawatt-hora. O euro ampliou sua queda, atingindo a paridade em relação ao franco suíço, e commodities de todos os tipos estavam em alta.

As bolsas europeias operam em queda. Em Londres, o índice FTSE-100 recuava 1,52%, enquanto que o CAC-40, da Bolsa de Paris, caia 2,68% e o Dax, da Bolsa de Frankfurt, baixava 3,42%.

Na Ásia, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou com queda de 2,94%. A Bolsa de Hong Kong recuou 3,93%.

Bloqueio ao petróleo russo

Após subir 21% na semana passada, as cotações do petróleo ganharam novo impulso após sinalização dos EUA de bloqueio à compra do produto russo.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o governo Biden e seus aliados estão discutindo um embargo ao petróleo russo, à medida que aumenta a pressão para revidar com mais força a invasão da Ucrânia, espremendo as exportações da principal indústria de energia da Rússia.

Enquanto traders, transportadores, seguradoras e bancos estão cada vez mais cautelosos em assumir ou financiar compras de barris russos, um embargo formal aumentaria a incerteza que levou a negociação do Brent a sua maior faixa desde o lançamento do contrato futuro, em 1998.

— Se o Ocidente cortar a maior parte das exportações de energia da Rússia, seria um grande choque para os mercados globais— disse o economista-chefe do BofA, Ethan Harris.

Ele estima que a retirada dos 5 milhões de barris da Rússia no fornecimento global pode fazer os preços do petróleo dobrarem para US$ 200 o barril e reduzir o crescimento econômico mundial.

Commodoties em alta

E não é apenas o petróleo, com os preços das commodities tendo seu início de ano mais forte em qualquer ano desde 1915, diz o BofA. Entre as muitas movimentações na semana passada, o níquel subiu 19%, o alumínio 15%, o zinco 12% e o cobre 8%, enquanto os futuros do trigo subiram 60% e o milho 15%.

Isso só aumentará o pulso inflacionário global, com os dados de preços ao consumidor dos EUA nesta semana que devem mostrar um crescimento anual em de 7,9%.

A informação é do jornal O Globo.

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