Economia
Alta do dólar puxa inflação do aluguel e IGP-M sobe 6,54% em 2024, mostram dados FVG Ibre
Analistas estimavam um aumento de 6,7% entre janeiro e dezembro, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg.
Depois de despencar em 2023, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel por ser referência em contratos de locação, fechou o ano com alta de 6,54%. As informações foram publicadas nesta sexta-feira,27/12, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
O resultado veio um pouco abaixo do esperado. Analistas estimavam um aumento de 6,7% entre janeiro e dezembro, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg.
O IGP-M voltou a subir após uma queda histórica no ano passado, de 3,18%. Foi a maior deflação para o período desde o início da série, iniciada em 1989.
Café sobe 28% no ano
Commodities, preços administrados e mão-de-obra foram os componentes que mais pesaram nos índices do IGP-M. No IPA, o preço do café foi o principal destaque: o insumo teve alta de 28,82% no ano, influenciado pela clima e pelo câmbio.
Já no IPC, os preços monitorados e as carnes foram as principais influências. No INCC, por sua vez, os reajustes salariais tiveram maior peso, com alta média de 0,53%.
Efeito dólar
A recente alta do dólar, que levou a moeda a se valorizar fortemente no ano, ajuda a explicar por que o índice de preços acelerou. O IGP-M é composto por três subíndices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com 10%.
O IPA, com maior peso no IGP-M, é especialmente sensível à alta do dólar. O índice capta os preços de produtos industriais e agropecuários, como as commodities, que são mais impactados pela variação cambial.
Preço do aluguel sobe 12,45% no ano
O Índice FipeZap, que mede a variação do preço do aluguel residencial em 25 cidades do país, registrou um avanço de 12,45% neste ano, até novembro.
O índice mede os preços dos aluguéis de imóveis anunciados. Em 12 meses, a alta acumulada é de 13,57%. Salvador foi a capital que registrou maior alta neste período: 32,24%.
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