Setembro Rubi: ONG Zoé realiza exames gratuitos de endoscopia digestiva na Amazônia

Dezoito voluntários da ONG Zoé, entre médicos endoscopistas, gastroenterologistas, profissionais de enfermagem e de suporte logístico e de comunicação, realizam no Hospital Municipal de Belterra, no Pará, no período de 21 a 28 de setembro, o exame de endoscopia digestiva alta à população local.

O procedimento realizado gratuitamente permite remover lesões iniciais suspeitas de câncer gástrico, impedindo a progressão da doença. Esta é a 39ª expedição da Zoé no Pará, desde que a ONG paulistana começou a atuar na região há cinco anos.
A ação de saúde ocorre em alusão ao Setembro Rubi, mês de conscientização e prevenção do câncer gástrico (ou câncer de estômago).

Atendimento ampliado

A presença dos profissionais de saúde e voluntários da Zoé será ampliada no Hospital de Belterra no período de 28 de novembro e 6 de dezembro com a realização de cirurgias gástricas. Nessa expedição cerca de 30 profissionais farão o atendimento.

Prevenção

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 21.480 novos casos anuais de câncer gástrico entre 2023 e 2025. Desse total, 13.340 em homens e 8.140 em mulheres. Essa neoplasia ocupa a quinta posição entre os tipos mais frequentes no país. A doença está associada a fatores de risco, como: infecção por Helicobacter pylori (H. pylori); consumo excessivo de sal, alimentos ultraprocessados e defumados; tabagismo, consumo de álcool, idade avançada e histórico familiar.

Nesse cenário, o exame de endoscopia é muito importante, entre outros aspectos, porque, em alguns casos, é possível durante o procedimento remover lesões iniciais suspeitas de câncer gástrico, impedindo a progressão da doença. Também colher amostras de lesões suspeitas que são encaminhadas para análise (biópsia), com objetivo de confirmar ou não o diagnóstico de câncer.

No caso de diagnóstico de H.pylori, os pacientes serão atendidos e medicados pelos médicos gastroenterologistas que fazem parte da expedição. Já pacientes com suspeita de câncer serão encaminhados para tratamento oncológico em hospital do Sistema Únicos de Saúde (SUS), em Santarém.

Sobre a Zoé

A Zoé foi fundada em São Paulo (SP), no final de 2019 com o propósito de levar assistência médica especializada as comunidades ribeirinhas dos rios Tapajós e Baixo Amazonas e ao povo indígena Zoé. O grupo de fundadores é formado predominantemente por médicos com histórico pessoal de atendimento a populações da Amazônia.

Desde sua criação até fevereiro de 2025 foram 38 expedições no Pará para atendimento a populações ribeirinhas dos rios Tapajós e seus afluentes e do Baixo Amazonas, nas regiões de Belterra, Aveiro, Santarém e Óbidos. Nesse período, foram 117.640 atendimentos, realizados por 368 voluntários.

Como ajudar

As doações para ONG Zoé podem ser feitas com segurança por meio do site:
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