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Brasil

Regina Duarte anuncia que aceitou convite de Bolsonaro para assumir Secretaria de Cultura

Atriz chegou a Brasília nesta quarta-feira (29). Ela assume vaga deixada por Roberto Alvim, demitido após fazer discurso com referências nazistas.

A atriz Regina Duarte afirmou nesta quarta-feira (29), após participar de reuniões durante o dia no Palácio do Planalto, que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura.

Ao deixar o palácio, no fim da tarde, a atriz afirmou aos jornalistas: “Sim, tá? Só que agora vão correr os proclamas antes do casamento”, em referência a metáforas de matrimônio usadas pelo presidente. A nomeação oficial de Regina Duarte ainda terá de ser publicada no “Diário Oficial da União”.

Ela desembarcou em Brasília no início desta quarta e falou brevemente com os jornalistas. Na ocasião, disse que havia um protocolo a ser seguido e que não poderia falar mais sobre o assunto.

Disse apenas que o “noivado” foi excelente, em referência às conversas com o governo.

A Secretaria da Cultura herdou as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto pelo presidente.

O órgão estava sem comando desde o último dia 17, quando o ex-secretário, Roberto Alvim, foi demitido por Bolsonaro.

Alvim caiu após a repercussão negativa de um discurso em que usou frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, na Alemanha nazista.

Na mesma semana da demissão de Alvim, Regina teve um encontro com Bolsonaro no Rio de Janeiro e foi convidada para assumir a pasta.

Na oportunidade, ela disse que estava “noivando” com o governo e que queria ir a Brasília conhecer mais sobre o cargo.

Carreira como atriz
Regina Duarte estreou na televisão em 1965 aos 18 anos na novela “Deusa Vencida”, da Excelsior. Em 1969, fazia seu primeiro trabalho na Globo, em “Véu da Noiva”.

Três anos depois, se consagrou em “Selva de Pedra”, ao interpretar uma artista plástica com dupla identidade, Simone Marques.

Em 1975, voltou ao teatro, onde havia começado a carreira. Na peça “Réveillon”, buscava romper com a imagem de boa moça conquistada com seus personagens na TV.

Depois de um período fora da emissora, voltou à Globo em 1985 para interpretar seu papel mais conhecido, a viúva Porcina, de “Roque Santeiro”.

Após participações em séries, emendou dois de seus trabalhos mais conhecidos, “Vale tudo” (1988), de Gilberto Braga, e “Rainha da sucata” (1990), em uma protagonista escrita especialmente para a atriz.

Entre breves interrupções para voltar aos palcos, ainda teve tempo para interpretar três Helenas nas novelas de Manoel Carlos, “História de amor” (1995), “Por amor” (2006), na qual contracenou com a filha Gabriela, e “Páginas da vida” (2006).

No cinema, trabalhou em filmes como “Lance maior” (1968), “Além da paixão” (1985) e “Gata velha ainda mia” (2014).


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