Brasil
Região Norte tem os menores percentuais no uso da internet e na posse de celular, aponta IBGE
Norte e Nordeste foram as regiões que mais cresceram entre 2019 e 2024 no uso da internet: altas de 18,2 e 17,2 pontos percentuais, respectivamente, segundo o IBGE.

A Região Centro-Oeste liderou em 2024 no uso da internet (93,1% da população) e na posse de celular (92,6%). No outro extremo, a Região Norte (83,7% para celulares e 88,2% para internet) teve os menores percentuais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta quinta-feira (24/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Mesmo com os índices mais baixos, Norte e Nordeste foram as regiões que mais cresceram entre 2019 e 2024 no uso da internet: altas de 18,2 e 17,2 pontos percentuais, respectivamente, segundo a PNAD.
A Região Norte apresentou o maior aumento no percentual de domicílios com banda larga fixa, de 2,5 pontos percentuais (p.p.), embora tenha a menor proporção entre as regiões (84,6%). A Região Nordeste, com aumento de 1,8 p.p. em 2024, continua sendo a região com a maior proporção (92,3%) de banda larga fixa. O menor percentual de domicílios com banda larga móvel estava no Nordeste (70,0%), enquanto as demais regiões apresentaram taxas superiores a 80%, chegando a 91,1% na Região Sudeste.
Nos domicílios com televisão, em 2024, o percentual dos que tinham antena parabólica (grande ou mini com sinal aberto) foi de 21,3%, sendo 52,2% em área rural e 17,6% em área urbana. A Região Sul (13,7%) apresentou o menor percentual e as regiões Nordeste (35,4%) e Norte (29,9%) registraram os maiores percentuais desses domicílios.
Em 2024, 32,7 milhões de domicílios possuíam acesso a serviço pago de streaming de vídeo, aumento de 1,5 milhão em comparação a 2023. O percentual de domicílios com televisão e acesso a esse serviço subiu de 42,1% (2023) para 43,4% (2024). As grandes regiões com maior percentual foram: Sul (50,3%), Centro-Oeste (49,2%) e Sudeste (48,6%). Por outro lado, as regiões Norte (38,8%) e Nordeste (30,1%) apresentaram os percentuais mais baixos. Apesar de ter apresentado números mais baixos, a Região Nordeste se destacou com a maior variação percentual nesse período, acréscimo de 1,9 p.p. ou 490 mil domicílios.
Em 2024, 2,6% dos domicílios (2,1 milhões) não tinham telefone (fixo ou móvel), queda de 0,2 p.p. em comparação a 2023. As maiores proporções estavam nas regiões Nordeste (4,7%) e Norte (3,2%), enquanto nas demais não ultrapassou 2,0%.
Brasil
Em 2024, entre os 188,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade do país, 89,1% (ou 168,0 milhões) utilizaram a Internet no período de referência dos últimos três meses. O meio de acesso indicado pelo maior número de pessoas foi, destacadamente, o telefone móvel celular (98,8%), seguido, em menor medida, pela televisão (53,5%), pelo microcomputador (33,4%) e pelo tablet (8,3%). Os dados são do módulo anual da PNAD Contínua sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgado (24) hoje pelo IBGE. Leia também as notícias sobre tecnologias da informação e comunicação nos domicílios e sobre a posse de telefone celular para uso pessoal.
Entre 2023 e 2024, houve aumento de pessoas que utilizaram a televisão e o tablet para acessar a Internet (3,7 p.p. e 0,7 p.p., respectivamente) e redução do uso do microcomputador (-0,8 p.p.).
O acesso à Internet por meio do microcomputador declinou de 63,2%, em 2016, para 46,2%, em 2019, até atingir 33,4% em 2024, o menor valor da série histórica. No entanto, entre os estudantes de curso superior ou de pós-graduação, mais de ¾ acessaram a Internet por meio de microcomputador em ambas as redes de ensino: 77,4% da rede pública e 77,5% da rede privada.
Já o percentual de pessoas que acessaram a Internet por meio de aparelho televisor subiu de 11,3%, em 2016, para 32,2%, em 2019, até alcançar em 2024, pela primeira vez, mais da metade dos usuários (53,5%). O uso do tablet, por sua vez, apresentou uma tendência de queda entre 2016 e 2022, manteve-se estável em 2023, e apresentou uma pequena variação positiva em 2024.
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