Brasil
Região Norte registra 4,48% de inadimplência de aluguel; País registra maior taxa dos últimos 14 meses, aponta Índice Superlógica
Os dados mostram que a inadimplência é maior nas faixas extremas de aluguel, tanto nos imóveis de alto padrão quanto nos de menor valor, refletindo diferentes desafios financeiros.

A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil registrou a maior alta dos últimos 14 meses, fechando em 3,76%, em julho, uma variação de 0,17 ponto percentual em relação a junho (3,59%). A Região Norte aparece em terceiro lugar, com 4,48%, seguido do Sudeste, com taxa de 3,51%. O Sul segue com a menor taxa do País, 3,19%. A Região Nordeste continua liderando o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,91%. No Centro-Oeste teve um aumento significativo e ocupou o segundo lugar no período, com 4,68%.
Quando comparado com o mesmo período de 2024 (3,41%), a taxa de inadimplência apresenta uma alta de 0,35 ponto percentual. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
Segundo Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “o aumento contínuo da inadimplência no aluguel mostra que muitas famílias ainda estão com o orçamento comprometido. É fundamental acompanhar de perto as projeções de inflação e de juros, já que esses indicadores têm impacto direto tanto no endividamento quanto na capacidade de pagamento dos inquilinos nos próximos meses”.
A inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13 mil continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 6,83%, em julho. Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1 mil tiveram alta registrada novamente, saindo de 5,79%, em junho, para 6,14%, em julho, um aumento de 0,35 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2 mil a R$ 3 mil e de R$ 3 mil a R$ 5 mil é semelhante, sendo 2,36% e 2,37%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1 mil continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,48%, em junho, para 7,98%, em julho, um aumento de 0,50 ponto porcentual. A menor taxa foi na faixa de R$ 2 mil a R$ 3mil, de 4,22%.
“Os dados mostram que a inadimplência é maior nas faixas extremas de aluguel, tanto nos imóveis de alto padrão quanto nos de menor valor, refletindo diferentes desafios financeiros. Já nas faixas intermediárias, os índices se mantêm mais estáveis, indicando maior equilíbrio entre a renda dos locatários e o valor dos aluguéis, tanto no mercado residencial quanto comercial”, avalia Gonçalves.
Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,47%, em junho, para 2,73%, em julho; de casas de 3,96% para 4,02%. Os imóveis comerciais também registraram aumento, de 4,91% para 5,03% de inadimplência, em julho. Os dados foram apresentados durante o Next 2025, o maior evento do setor de moradia do país.
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