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Brasil

Produtores de soja criticam iniciativa dos europeus de proibir a entrada de produtos de áreas desmatadas na Amazônia

Aprosoja afirma que a iniciativa europeia é uma “afronta à soberania nacional.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) chamou de “protecionismo comercial disfarçado de preocupação ambiental” a iniciativa da União Europeia (UE) de tentar proibir a entrada de produtos agropecuários, sob a alegação de que é preciso conter o desmatamento. As informações são do jornal O Globo.

Os europeus apresentaram um projeto de lei ao Parlamento do bloco, na semana passada, com uma lista de commodities, a maior parte produzida pelo Brasil, como soja, café, carne bovina e cacau, que poderão ser impedidas de entrar na região.

Em nota divulgada nesta terça-feira, a Aprosoja afirma que a iniciativa europeia é uma “afronta à soberania nacional. A lei proposta pela UE, destacou a entidade, coloca a conversão de uso do solo permitido em lei na mesma vala comum do desmatamento ilegal, que já é punido pela legislação ambiental brasileira.

“A União Europeia precisa entender que não são mais a metrópole do mundo (dona) e que o Brasil e demais países da América do Sul deixaram de ser suas colônias”, diz um trecho da nota.

“Se os europeus estão preocupados com nossas florestas, eles poderiam aproveitar a qualidade de suas terras para replantar também as suas florestas e instituir como aqui a reserva legal e as áreas de proteção permanente dentro das propriedades rurais. Portanto, respeitem a nossa soberania! “, complementa o comunicado.

Os sojicultores brasileiros enfatizaram que o Brasil tem uma legislação ambiental aprovada em 2012, que é o Código Florestal.

Esta Lei, única no mundo, coloca sob responsabilidade exclusiva dos produtores a preservação entre 20% e 80% de vegetação nativa em suas fazendas, além de topos de morros, cursos d’água e toda sua biodiversidade incluída.

A preocupação da Aprosoja é que a nova regra, se aprovada pelo Parlamento europeu, poderá afetar outros mercados.

Ou seja, após a União Europeia obrigar o cumprimento de exigências pelas suas indústrias, toda a soja produzida no Brasil passaria a ser obrigada a cumprir a norma, independentemente se fosse consumida pelas aves e suínos no Brasil ou China.

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