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Operação Rastreio: ação em 11 estados mira ‘curso de desbloqueio’ de celulares roubados

As diligências ocorrem nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.

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A Polícia Civil do RJ iniciou, nesta segunda-feira (17), uma nova fase da Operação Rastreio, uma iniciativa permanente contra o roubo e o furto de celulares. Desta vez, a Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) cumpre 132 mandados de busca e apreensão em 11 estados, e o foco são “cursos de desbloqueio de celulares on-line”.

A investigação começou em maio, com a prisão de Alan Gonçalves, apontado como referência em desbloqueio de celulares, que realizava os procedimentos de forma remota. Os agentes então identificaram uma rede de “clientes” espalhada por todo o país, já que Alan também dava as “aulas” de como destravar diferentes aparelhos. O homem também dizia saber remover IMEIs do Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR) — a lista restrita da Anatel e das operadoras de telefonia.

O IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel, na sigla em inglês) é um número único que identifica cada aparelho celular no mundo. Ele funciona como uma espécie de “RG” do telefone, permitindo que operadoras e autoridades saibam exatamente qual é o dispositivo, independentemente do chip usado. O código, composto por 15 dígitos, fica gravado na placa do aparelho e pode ser encontrado na caixa original, nas configurações do sistema ou digitando *#06# no teclado do celular. Em casos de roubo ou perda, o bloqueio do IMEI impede que o telefone seja usado em outras redes, dificultando a revenda e ajudando na recuperação do bem.

As diligências ocorrem nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco, Maranhão, Piauí, Pará e Rondônia.

Os alvos desta fase são pessoas que, segundo as investigações, forneciam aparelhos roubados para desbloqueio e atuavam na reintrodução dos dispositivos no mercado, com aparência de legalidade. Parte dos suspeitos também é investigada por tentar acessar dados bancários das vítimas para realizar empréstimos e transações fraudulentas.

De acordo com a polícia, vários endereços alvo das buscas funcionam como lojas, boxes e quiosques de revenda de celulares.

A Operação Rastreio é uma iniciativa da Polícia Civil do RJ voltada ao combate de toda a cadeia criminosa ligada à subtração e à receptação de aparelhos. Desde o início da ofensiva, mais de 10 mil celulares foram recuperados, sendo 2.800 devolvidos aos donos. Mais de 700 pessoas já foram presas por envolvimento nos crimes.


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