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Brasil

Noruega bloqueia repasse de R$ 134 mi para preservação da Amazônia

Segundo informações jornal “Dagens Næringsliv”, o valor bloqueado é de 300 milhões de coroas norueguesas, o
equivalente a R$ 134 milhões.

O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, anunciou hoje o congelam de novos repasses ao Fundo Amazônia, reserva de capital estrangeiro gerida pelo BNDES e destinada ações de preservação ambiental e combate ao desmatamento. Segundo informações jornal “Dagens Næringsliv”, o valor bloqueado é de 300 milhões de coroas norueguesas, o equivalente a R$ 134 milhões.

A decisão do governo norueguês ocorre porque o ministério do Meio Ambiente decidiu reformular a gestão do fundo e extinguir o Cofa (Comitê Orientador do Fundo Amazônia), criado com o objetivo de estabelecer os critérios para aplicação dos recursos na região amazônica. Na prática, isso centraliza o poder decisório nas mãos do Executivo brasileiro e reduz a participação da sociedade civil, sobretudo das ONGs (organizações não governamentais) que desenvolvem projetos ligados ao tema.

O ministro norueguês afirmou considerar a decisão da gestão Bolsonaro uma quebra do acordo entre os países. A Noruega é o principal doador do fundo (R$ 3,2 bilhões), seguida pela Alemanha (R$ 200 milhões), que também já havia congelado novas doações pelas mesmas razões. Questionado ontem sobre esse fato, Bolsonaro afirmou que a chanceler alemã, Angela Merkel, deveria pegar o dinheiro e reflorestar o seu país.

“Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu US$ milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando muito mais do que aqui.”

Criado em 2008 para receber doações destinadas a ações contra o desmatamento, o Fundo
Amazônia foi alvo de críticas da gestão Bolsonaro desde maio.

Isso porque países que investiram na iniciativa, como Noruega (R$ 3,2 bilhões) e Alemanha (200 milhões), tem pressionado o governo a manter o rigor das políticas ambientais e de combate ao desmate, que tem crescido em 2019, segundo mostram os próprios dados do Inpe. Em maio Salles disse que havia irregularidades no fundo, o que foi rebatido pelas autoridades norueguesas e alemãs.


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