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Brasil

Norte e Centro-Oeste têm menor percentual dos que acreditam que há corrupção no governo federal, diz Datafolha

Duas questões, sobre a honestidade e a competência do presidente, foram aplicadas em junho de 2020 e repetidas agora, e os resultados nacionais mostram queda na percepção de que Bolsonaro é honesto.

As regiões Norte e Centro-Oeste têm o menor percentual dos que acreditam que há corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro, 64%, contra 71% na região Sudeste, 62% na região Sul, e 78% na Nordeste, 64 (31%), segundo a última pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 7 e 8 de julho de 2021 e divulgada no último fim de semana. Norte e Centro-Oeste também têm o maior percentual dos que consideram o governo Ótimo ou Bom (34%).

Foram realizadas 2.074 entrevistas presenciais em 146 municípios, com brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Duas questões, sobre a honestidade e a competência do presidente, foram aplicadas em junho de 2020 e repetidas agora, e os resultados nacionais mostram queda na percepção de que Bolsonaro é honesto (de 48% para 38%) e competente (de 44% para 36%), e altas respectivas na avaliação de que seja desonesto (de 40% para 52%) e incompetente (de 52% para 58%). Entre aqueles que votaram em Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2018, 71% o consideram honesto, e 21%, desonesto.

Na média nacional, a reprovação ao governo Jair Bolsonaro (sem partido) subiu de 45% em maio para 51% na primeira semana de julho, a taxa mais alta registrada pelo Datafolha desde que o presidente tomou posse, há dois anos e seis meses. A aprovação à gestão Bolsonaro, entre maio e julho, ficou estável, em 24%, e o crescimento de sua avaliação negativa veio com a queda do percentual dos que classificam seu governo como regular, de 30% para 24%. Há ainda 1% preferiu não opinar sobre o tema.

Na primeira pesquisa feita pelo Datafolha para avaliar o governo Bolsonaro, no início de abril de 2019, sua taxa de aprovação era de 32%, e parcelas similares o reprovavam (30%) ou o classificavam como regular (33%). As taxas mais altas de avaliação positiva da gestão do atual presidente foram registradas em agosto e dezembro de 2020 (37% em ambas as avaliações), e a taxa negativa mais elevada, numericamente, foi a registrada no último mês de maio.

De forma geral, a avaliação negativa do governo Bolsonaro também segue mais alta entre mulheres (56%) do que homens (44%), na parcela dos mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos (56%, ante 45% entre aqueles com 60 anos ou mais), entre brasileiros que estudaram até o ensino superior (58%, contra 49% entre aqueles que estudaram até o ensino médio ou fundamental). Na parcela que se declara de cor preta, 57% reprovam o governo do atual presidente. Entre os brasileiros que se declaram homossexuais e bissexuais, a reprovação à gestão Bolsonaro atinge 72%.

Os empresários formam o único segmento em que Bolsonaro tem aprovação (49%) numericamente superior à reprovação (36%). Entre os evangélicos, 37% avaliam a gestão do presidente como ruim ou péssima, e para 34% é ótima ou boa.

Dois em cada três brasileiros (66%) classificam Bolsonaro como autoritário, índice similar ao registrado em junho de 2020 (64%) e superior a abril de 2019 (57%). Para 28%, o presidente é democrático (ante 30% em 2020 e 37% em 2019).

Também é de 66% o índice de brasileiros que avaliam que o presidente respeita mais os ricos, e há 17% que consideram que ele respeita mais os pobres. Em junho do ano passado, esses índices eram de 58% e 18%, respectivamente, e em abril de 2019, de 57% e 24%.

 

 

 


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